sábado, 3 de março de 2007

Um Verdadeiro Defensor dos Escravos?

Nas últimas décadas, tornou-se moda acusar Castro Alves de ter apenas piedade do escravo e de não vê-lo integrado no processo produtivo. Sendo assim, seu condoreirismo estaria impregnado dos preconceitos da burguesia branca contra o negro. Tal visão é ridícula. Basta atentarmos para poemas como Saudação a Palmares e Bandido Negro. No último, há inclusive um refrão verdadeiramente revolucionário para uma época em que o escravo que levantasse o braço contra o seu senhor era punido com ferocidade:

Cai, orvalho de sangue do escravo,
Cai, orvalho, na face do algoz.
Cresce, cresce, seara vermelha,
Cresce, cresce, vingança feroz.

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