sábado, 1 de setembro de 2007

Este é o meu país - Ivan Lins

Ivan Lins Mucuripe

ROBERTO CARLOS - DETALLES EN ESPAÑOL

Milton Nascimento Margarete Menezes e Orquestra Faca Amolada



Fé Cega, Faca Amolada
Composição: Milton Nascimento

Agora não pergunto mais pra onde vai a estrada
Agora não espero mais aquela madrugada
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser faca amolada
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar e ser muito tranqüilo
Deixar o seu amor crescer e ser muito tranqüilo
Brilhar, brilhar, acontecer, brilhar, faca amolada
Irmão, irmã, irmã, irmão de fé, faca amolada
Plantar o trigo e refazer o pão de cada dia
Beber o vinho e renascer na luz de todo dia
A fé, a fé, paixão e fé, a fé, faca amolada
O chão, o chão, o sal da terra, o chão, faca amolada
Deixar a sua luz brilhar no pão de todo dia
Deixar o seu amor crescer na luz de cada dia
Vai ser, vai ser, vai ter de ser, vai ser muito tranqüilo
O brilho cego de paixão e fé, faca amolada

Coração de estudante Lindo!!! Milton Nascimento e Orquestra



Coração de Estudante
Milton Nascimento
Composição: Wagner Tiso / Milton Nascimento

Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar
Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino
Quantas vezes se escondeu
Mas renovasse a esperança
Nova aurora, cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor e fruto

Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade
Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verdes, planta e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.

Milton Nascimento - Canções e Momentos

Milton Nascimento - Cravo e Canela

Milton Nascimento & Elis Regina - Canção do Sal

Milton Nascimento - Travessia (ao vivo)

Milton Nascimento - Clube da Esquina N°1

Milton Nascimento - Uakti - Lágrima do Sul

Milton Nacimento - Gilberto Gil - Raça

Inesquecivel Jessé - Pout Pourri Beatles e Freddie Mercury

Kleiton e Kledir Nuvem Passageira

Kleiton & Kledir - Vira Virou

Céu de Santo Amaro - Flavio Venturini

Almir Sater e Renato Teixeira - No Rancho Fundo

Guardador de Rebanhos / Autor: Fernando Pessoa

Guardador de Rebanhos

Autor: Fernando Pessoa

IX

Sou um guardador de rebanhos.
O rebanho é os meus pensamentos
E os meus pensamentos são todos sensações.
Penso com os olhos e com os ouvidos
E com as mãos e os pés
E com o nariz e a boca.
Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la
E comer um fruto é saber-lhe o sentido.
Por isso quando num dia de calor
Me sinto triste de gozá-lo tanto,
E me deito ao comprido na erva,
E fecho os olhos quentes,
Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,
Sei a verdade e sou feliz.

XVIII

Quem me dera que eu fosse o pó da estrada
E que os pés dos pobres me estivessem pisando...
Quem me dera que eu fosse os rios que correm
E que as lavadeiras estivessem à minha beira...
Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio
E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...
Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro
E que ele me batesse e me estimasse...
Antes isso que ser o que atravessa a vida
Olhando para trás de si e tendo pena...

XXVII

Só a natureza é divina, e ela não é divina...
Se às vezes falo dela como de um ente
É que para falar dela preciso usar da linguagem dos homens
Que dá personalidade às cousas,
E impõe nomes às cousas.
Mas as cousas não têm nome nem personalidade:
Existem, e o céu é grande e a terra larga,
E o nosso coração do tamanho de um punho fechado...
Bendito seja eu por tudo quanto não sei.
É isso tudo que verdadeiramente sou.
Gozo tudo isso como quem está aqui ao sol.

Asa Branca 60 Anos - Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira

Luiz Gonzaga - Respeita Januário

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Maria Bethânia - Yemanjá Rainha do Mar

Daniela Mercury - Dona Canô

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

Há metafísica bastante em não pensar em nada.

O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.

Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).

O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.

Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?

«Constituição íntima das cousas»...
«Sentido íntimo do Universo»...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.

Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.

Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!

(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)

Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.

Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.

E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora.


POEMA EM LINHA RETA / FERNANDO PESSOA

POEMA EM LINHA RETA

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

"Sou eu mesmo o trocado/O Quereres"

Brincar de Viver

Maria Bethânia interpretando Rosa dos Ventos

Bethânia e Rita Lee_Baila Comigo

Elis Regina - Upa Neguinho - Montreux Jazz Festival

Elis Regina - Medley Milton Nascimento (Montreux Festival)

Elis Regina Milton Nascimento e Fernado Brant

Chco Buarque e Elis Regina - Eu te Amo

Folhas secas - Elis Regina

Paulinho da Viola - "Rosa de Ouro" Pout-Pourri

Maria Bethânia e Paulinho da Viola - Rosa Maria

Paul McCartney is Dead- Yesterday 66 & 76

Wanderfull World



Video que trata de hacer conciencia a la gente acerca de como estamos destruyendo nuestro mundo he insta a enmendar los errores, salvar al mundo, hacerse parte de greenpeace

Poesia / Antonio Vieira

Poesia

Antonio Vieira

A nossa poesia é uma só

Eu não vejo razão pra separar

Todo o conhecimento que está cá

Foi trazido dentro de um só mocó

E ao chegar aqui abriram o nó

E foi como se ela saísse do ovo

A poesia recebeu sangue novo

Elementos deveras salutares

Os nomes dos poetas populares

Deveriam estar na boca do povo

Os livros que vieram para cá

O Lunário e a Missão Abreviada

A donzela Teodora e a fábula

Obrigaram o sertão a estudar

De repente começaram a rimar

A criar um sistema todo novo

O diabo deixou de ser um estorvo

E o boi ocupou outros lugares

Os nomes dos poetas populares

Deveriam estar na boca do povo

No contexto de uma sala de aula

Não estarem esses nomes me dá pena

A escola devia ensinar

Pro aluno não me achar um bobo

Sem saber que os nomes que eu louvo

São vates de muitas qualidades

O aluno devia bater palma

Saber de cada um o nome todo

Se sentir satisfeito e orgulhoso

E falar deles para os de menor idade

Os nomes dos poetas populares


RICKY VALLEN no show de MARIA BETHÂNIA

Cazuza - Vida Louca Vida

Barão Vermelho - Rock in Rio - Pro Dia Nascer Feliz (Noite)

Luz da Cidade / Roberto Mendes, Jorge Portugal




A luz da cidade cintila
O palco é a rua deserta
Aberta, tranqüila
A mesma voz a cantar

E o som sentimento profundo
Mais fundo que as dores caladas
Olhei-me nos olhos do mundo
Sonhei acordada

O tempo que me atravessa
Não cessa a emoção passada
Tropeços, promessas
O sonho não pode parar

E a história nem sempre contada
Cantada por minha paixão
Explodindo o meu coração
Traduzindo a lição
Dos que morrem de amar

Estive em cada solidão
Em forma de canção
Espalhei-me no ar

A luz da cidade cintila
O palco é a rua deserta
Aberta, tranqüila
A mesma voz a cantar

E o som sentimento profundo
Mais fundo que as dores caladas
Olhei-me nos olhos do mundo
Sonhei acordada

O tempo que me atravessa
Não cessa a emoção passada
Tropeços, promessas
O sonho não pode parar

E a história nem sempre contada
Cantada por minha paixão
Explodindo o meu coração
Traduzindo a lição
Dos que morrem de amar

Estive em cada solidão
Em forma de canção
Espalhei-me no ar

Bethânia Ao vivo canecão - O Marujo Português / Linhares Barbosa & Arthur Ribeiro

O Marujo Português

Maria Bethânia


Quando ele passa, o marujo português
Nao anda, passa a bailar, como ao sabor das marés
E quando se jinga, põe tal jeito, faz tal proa
Só para que se nao distinga
Se é corpo humano ou canoa

Chega a Lisboa, salta do barco num salto
Vai parar à Madragoa ou entao ao Bairro Alto
Entra em Alfama e faz de Alfama o convés
Ha sempre um Vasco da Gama num marujo portugués

Quando ele passa com seu alcache vistoso
Traz sempre pedras de sal, no olhar malicioso
Põe com malicia a sua boina maruja
Mas se inventa uma caricia, nao ha mulher que lhe fuja

Uma madeixa de cabelo descomposta
Pode até ser a fateixa de que uma varina gosta
Quando ele passa, o marujo portugues
Passa o mar numa ameaca de carinhosas marés

Quando ele passa, o marujo portugues
Passa o mar numa ameaca de carinhosas marés

Você Vai Ficar na Saudade / Benito Di Paula

Você Vai Ficar na Saudade


você cortou o barato do meu amor
você mentiu, iludiu e me deixou por fora

você é culpada do meu samba entristecer
ah eu vou-me embora
agora eu entrego os meus pontos e vou dizer porque
você é mulher e é bonita e eu não posso esquecer
você vai ficar na saudade minha senhora
ah eu vou-me embora
adeus amor eu vou partir

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Álvaro de Campos / A Casa Branca Nau Preta

Álvaro de Campos
A Casa Branca Nau Preta
Estou reclinado na poltrona, é tarde, o Verão apagou-se...
Nem sonho, nem cismo, um torpor alastra em meu cérebro...
Não existe manhã para o meu torpor nesta hora...
Ontem foi um mau sonho que alguém teve por mim...
Há uma interrupção lateral na minha consciência...
Continuam encostadas as portas da janela desta tarde
Apesar de as janelas estarem abertas de par em par...
Sigo sem atenção as minhas sensações sem nexo,
E a personalidade que tenho está entre o corpo e a alma...

Quem dera que houvesse
Um terceiro estado pra alma, se ela tiver só dois...
Um quarto estado pra alma, se são três os que ela tem...
A impossibilidade de tudo quanto eu nem chego a sonhar
Dói-me por detrás das costas da minha consciência de sentir...

As naus seguiram,
Seguiram viagem não sei em que dia escondido,
E a rota que devem seguir estava escrita nos ritmos,
Os ritmos perdidos das canções mortas do marinheiro de sonho...

Árvores paradas da quinta, vistas através da janela,
Árvores estranhas a mim a um ponto inconcebível à consciência de as estar vendo,
Árvores iguais todas a não serem mais que eu vê-las,
Não poder eu fazer qualquer coisa gênero haver árvores que deixasse de doer,
Não poder eu coexistir para o lado de lá com estar-vos vendo do lado de cá.
E poder levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão...

Que sonhos? ... Eu não sei se sonhei ... Que naus partiram, para onde?
Tive essa impressão sem nexo porque no quadro fronteira
Naus partem — naus não, barcos, mas as naus estão em mim,
E é sempre melhor o impreciso que embala do que o certo que basta,
Porque o que basta acaba onde basta, e onde acaba não basta,
E nada que se pareça com isto devia ser o sentido da vida...

Quem pôs as formas das árvores dentro da existência das árvores?
Quem deu frondoso a arvoredos, e me deixou por verdecer?

Onde tenho o meu pensamento que me dói estar sem ele,
Sentir sem auxílio de poder para quando quiser, e o mar alto
E a última viagem, sempre para lá, das naus a subir...

Não há, substância de pensamento na matéria de alma com que penso ...
Há só janelas abertas de par em par encostadas por causa do calor que já não faz,
E o quintal cheio de luz sem luz agora ainda-agora, e eu.

Na vidraça aberta, fronteira ao ângulo com que o meu olhar a colhe
A casa branca distante onde mora... Fecho o olhar...
E os meus olhos fitos na casa branca sem a ver
São outros olhos vendo sem estar fitos nela a nau que se afasta.
E eu, parado, mole, adormecido,
Tenho o mar embalando-me e sofro...

Aos próprios palácios distantes a nau que penso não leva.
As escadas dando sobre o mar inatingível ela não alberga.
Aos jardins maravilhosos nas ilhas inexplícitas não deixa.
Tudo perde o sentido com que o abrigo em meu pórtico
E o mar entra por os meus olhos o pórtico cessando.

Caia a noite, não caia a noite, que importa a candeia
Por acender nas casas que não vejo na encosta e eu lá?

Úmida sombra nos sons do tanque noturna sem lua, as rãs rangem,
Coaxar tarde no vale, porque tudo é vale onde o som dói.

Milagre do aparecimento da Senhora das Angústias aos loucos,
Maravilha do enegrecimento do punhal tirado para os atos,
Os olhos fechados, a cabeça pendida contra a coluna certa,
E o mundo para além dos vitrais paisagem sem ruínas...

A casa branca nau preta...
Felicidade na Austrália...

Fernando Pessoa / Basta Pensar em Sentir

Fernando Pessoa

Basta Pensar em Sentir

Basta pensar em sentir
Para sentir em pensar.
Meu coração faz sorrir
Meu coração a chorar.
Depois de parar de andar,
Depois de ficar e ir,
Hei de ser quem vai chegar
Para ser quem quer partir.

Viver é não conseguir.

Simone e Cazuza - Codinome Beija-Flor

Ivete Sangalo & Roberto Carlos

ROBERTO CARLOS CANTA COM ROSANA - 1988

What a Wonderful World - Louis Amstrong

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Maria Bethânia grava DVD neste fim de semana

Maria Bethânia grava DVD neste fim de semana
O Dia - 17 / 08 / 2007
Intérprete emotiva, vocacionada para o palco, Maria Bethânia grava no Canecão, amanhã e domingo, o show Dentro do Mar Tem Rio. O registro ao vivo — que vai ter direção de Andrucha Waddington — sai até o fim do ano em CD e em DVD.

VOZ ESTÁ NO AUGE

Estreado em São Paulo, em 10 de novembro de 2006, Dentro do Mar Tem Rio incorporou ao roteiro, na reestréia carioca, músicas como Você, Sábado em Copacabana e Sob Medida.

A inclusão dessas músicas mais populares não alterou a essência do show, um dos mais belos da carreira de Bethânia. E um dos poucos que exibe uma costura e um enredo realmente novos, sem números extraídos de Rosa dos Ventos (1971), espetáculo-marco na trajetória da cantora nos palcos.

O mote do roteiro foram os dois álbuns temáticos sobre as águas lançados por Bethânia em novembro, Pirata e Mar de Sophia. Em majestosa forma vocal, sua “Alteza” reina soberana nos dois atos à frente de painel — idealizado pelo diretora Bia Lessa — em que são projetados símbolos dos mares e dos rios. E, dentro do mar de Bethânia, tem músicas românticas (Você, extraída do CD dedicado ao repertório de Roberto Carlos, ratifica sua habilidade de enobrecer canções sentimentais), músicas de tom ruralista (A Saudade Mata a Gente), frevos, sambas de roda e cantigas folclóricas.

E a intérprete carrega a platéia na sua correnteza de emoção. Em roteiro marcado pelo sincretismo religioso, com temas que louvam orixás e santos católicos, Bethânia joga sua rede no palco e pesca a platéia já na entrada, com Canto de Nanã, do mestre Dorival Caymmi.

O show tem ritmo e nuances. Se o diretor Andrucha Waddington não se limitar a filmá-lo burocraticamente, o DVD vai poder perpetuar, por exemplo, a interação do público com a artista na música Sereia de Água Doce, de Vanessa da Mata.

Enfim, é um show lindo e intenso (Ultimatum, texto de 1917, de Álvaro de Campos, é dos mais fortes já ditos pela artista em cena). A força das águas de Maria Bethânia nunca seca... (Mauro Ferreira)

Taiguara- Hoje

Taiguara - Universo no Teu Corpo

Grande Otelo em Juízo Final, poema de Geraldo Carneiro

elis e tom - aguas de março

LANÇAMENTO BISCOITO FINO - FRANCIS AO VIVO

01 Mais que imperfeito (Francis Hime / Geraldo Carneiro)




02 Sem saudades (Francis Hime / Cartola)




03 A dor a mais (Francis Hime / Vinicius de Moraes)




04 Teresa sabe sambar (Francis Hime / Vinicius de Moraes)




05 Pivete (Francis Hime / Chico Buarque)




06 A noiva da cidade (Francis Hime / Chico Buarque)




07 A musa da TV (Francis Hime / Geraldo Carneiro)




08 Pau Brasil (Francis Hime / Geraldo Carneiro)




09 A invenção da rosa (Francis Hime / Geraldo Carneiro)




10 Gozos da Alma (Francis Hime / Geraldo Carneiro)




11 Desacalanto (Francis Hime / Olivia Hime)




12 Embarcação (Francis Hime / Chico Buarque)




13 Trocando em miúdos (Francis Hime / Chico Buarque)




14 Cadê (Francis Hime / Simone Guimarães)




15 Amor barato (Francis Hime / Chico Buarque)




16 Atrás da porta (Francis Hime / Chico Buarque)




17 Palavras Cruzadas ( Francis Hime / Toquinho)




18 E se (Francis Hime / Chico Buarque)




19 Quadrilha (Francis Hime / Chico Buarque)





Ficha Técnica


REALIZAÇÃO BISCOITO FINO
Direção Geral: Kati Almeida Braga
Direção Artística: Olivia Hime
Gerência de Produção: Martinho Filho
Assistente de Produção: Luciene Caruso

Raphael Rabello - - MANUZINHA A NOVA GAROTA DE IPANEMA

Raphael Rabello - Lamentos do Morro

Raphael Rabello - Tico Tico no Fubá

Raphael Rabello Luiza - Tom Jobim

Antonio Carlos Jobim - Live in Japan

Baden Powell - Voltei

Baden Powell - Prelude in A minor

Baden Powell - Samba Triste - Europe by Loronix

"O Velho Francisco" - Monica Salmaso & Pau Brasil

Monica Salmaso e Pau Brasil


Jazz Sinfônica e Francis Hime

domingo, 26 de agosto de 2007

Minha patria - Maria Bethânia recitando parte do poema de Vinícius de Morães ("Brasileirinho")

Coração Ateu

Chão de Estrelas - Música de Oreste Barbosa, na voz de Maria Bethania.

Composição: Silvio Caldas/Orestes Barbosa

minha vida era um palco iluminado
eu vivia vestido de dourado
palhaço das perdidas ilusões
cheio dos guizos falsos da alegria
andei cantando a minha fantasia
entre as palmas febris dos corações
meu barracão no morro do salgueiro
tinha o cantar alegre de um viveiro
foste a sonoridade que acabou
e hoje, quando do sol, a claridade
forra o meu barracão, sinto saudade
da mulher pomba-rola que voou
nossas roupas comuns dependuradas
na janela qual bandeiras agitadas
pareciam um estranho festival
festa dos nossos trapos coloridos
a mostrar que nos morros mal vestidos
é sempre feriado nacional
a porta do barraco era sem trinco
mas a lua furando nosso zinco
salpicava de estrelas nosso chão
tu pisavas nos astros distraída
sem saber que a ventura desta vida
É a cabrocha, o luar e o violão.

Pra Meu Sonho...

é o Amor



é o Amor ..... Maria Bethânia cantando musica do Zéze ..... colocando todo seu sentimento e deixando mais Linda do que ja é ..... e dedico com todo Amor e Carinho a pessoa da minha Vida ..... a meu Amor maior e mais Lindo ............... ..... TE AMO

Pedrinha Miudinha

Texto: Poetas Populares MARIA BETHANIA

Beira Mar - Bethânia



MESMO QUE DESAMANHEÇA E O MUNDO POSSA PARAR

E NEM NADA MAIS SE PAREÇA INVENTO OUTRO LUGAR

FAÇO SUBIR À CABEÇA O MEU PODER DE SONHAR

FAÇO QUE A MÃO OBEDEÇA O QUE O CORAÇÃO MANDAR

MESMO QUE AINDA QUE TARDE, NÃO TARDE POR ESPERAR

DOU UM NÓ CEGO EM SEU REMELEXO E O DEIXO SEM AR

RODO A BAIANA LIGEIRO, FAÇO ESSE MUNDO GIRAR

MAS, ESTAREI SEMPRE INTEIRO, SE VOCÊ DESPEDAÇAR

VOCÊ SERÁ SEMPRE A BEIRA E EU TODA ÁGUA DO MAR

MESMO QUE VOCÊ NÃO QUEIRA EU QUERO E ASSIM SERÁ

NO FIM DESSA BRINCADEIRA, QUANDO A POEIRA ASSENTAR
SOLTO O NÓ DO REMELEXO E DEIXO VOCÊ DANÇAR

QUEM NÃO DEU TEM QUE DAR AMOR
QUEM NÃO QUER MAIS VOLTAR CHEGOU
QUEM CANSOU DE ESPERAR NADOU
JÁ NADOU NESSE MAR

SE VOCÊ ME AMAR NÃO DOU
SE VOCÊ ME CHAMAR NÃO VOU
SE QUISER QUE EU SEJA NÃO SOU
TUDO QUE ME MANDAR

Maria Bethânia - Oiá de todos Nós!



Texto que Bethânia 'diz' no final do 1o ato de Dentro do Mar Tem Rio. "Sem ela não sem anda. Ela é a meninas dos olhos de Oxum..."

Miséria/Purificar o Subaé - Maria Bethânia



magníficooooooooooooooooooooooo!

Trecho do Show Pássaro da Manhã. / Poema de Fauzi Arap



"Eu vou te contar que você não me conhece...
E eu tenho que gritar isso porque você está surda e não me ouve!
A sedução me escraviza à você...
Ao fim de tudo você permanece comigo, mais presa ao que eu criei e não a mim.
E quanto mais falo sobre a verdade inteira um abismo maior nos separa...
Você não tem um nome, eu tenho...
Você é um rosto na multidão, e eu sou o centro das atenções, mas a mentira da aparência do que eu sou, é a mentira da aparência do que você é.
Por que eu, eu não sou o meu nome, e você não é ninguém...
O jogo perigoso que eu pratico aqui, ela busca a chegar ao limite possível da aproximação.
Através da aceitação, da distância, e do reconhecimento dela.
Entre eu e você existe a notícia que nos separa...
Eu quero que você me veja nua, eu me dispo da notícia.
E a minha nudez parada, te denuncia, e te espelha...
Eu me relato, tu me delatas...
Eu nos acuso, e confesso por nós.
Assim, me livro das palavras,
Com as quais você me veste."

Música: Um Jeito Estúpido de Amar

Eu sei que eu tenho um jeito
Meio estúpido de ser
E de dizer coisas que podem
Magoar e te ofender
Mas cada um tem o seu jeito
Todo próprio de amar
E de se defender
Você me acusa e só me preocupa
Agrava mais e mais a minha culpa
E eu faço e desfaço, contrafeito
O meu defeito é te amar demais.
Palavras são palavras
E a gente nem percebe
O que disse sem querer
E o que deixou pra depois
Mas o importante é perceber
Que a nossa vida em comum
Depende só e unicamente de nós dois
Eu tento achar um jeito de explicar
Você bem que podia me aceitar
Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser
Mas é assim que eu sei te amar.

Maria Bethania Movimento dos Barcos Novo Show

MARIA BETHÂNIA - Montreux Jazz Festival 2007




É UMA DAS MÚSICAS MAIS BONITAS E A MELHOR INTERPRETAÇÃO - ADORO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Maria Bethânia - Montreux-Súiça

Show de Maria Bethânia no Montreux Jazz Festival 2007 na Suíça - Sábado em Copacabana(Montreux) - Maria Bethania




A sensação de ouvi-la cantar é indescritível! Não existe nada mais lindo!

Show mar de sophia no festival de Montreoux

DEBAIXO D'ÁGUA / AGORA



Agora que a agora é nunca
Agora posso recuar
Agora sinto minha tumba
Agora o peito a retumbar
Agora a última resposta
Agora quartos de hospitais
Agora abrem uma porta
Agora não se chora mais
Agora a chuva evapora
Agora ainda não choveu
Agora tenho mais memória
Agora tenho o que foi meu
Agora passa a paisagem
Agora não me desperdi
Agora compro uma passagem
Agora ainda estou daqui
Agora sinto muita sede
Agora já é madrugada
Agora diante da parede
Agora falta uma palavra
Agora o vento no cabelo
Agora toda minha roupa
Agora volta pro novelo
Agora a língua em minha boca
Agora meu avô já vive
Agora meu filho nasceu
Agora o filho que não tive
Agora a criança sou eu
Agora sinto um gosto doce
Agora vejo a cor azul
Agora a mão de quem me trouxe
Agora é só meu corpo nu
Agora eu nasço lá de fora
Agora minha mãe é o ar
Agora eu vivo na barriga
Agora eu brigo pra voltar
Agora...