sábado, 28 de abril de 2007

Serenata do Adeus ( Vinícius de Moraes )



Ai, a lua que no céu surgiu
Não é a mesma que te viu

Nascer nos braços meus

Cai, a noite sobre o nosso amor

E agora só restou do amor
Uma palavra : Adeus

Ai, vontade de ficar mas tendo que ir embora

Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora
É refletir na lágrima, um momento breve

De uma estrela pura cuja luz morreu

Ai, mulher, estrela a refulgir

Parte, mas antes de partir

Rasga meu coração
Crava as garras no meu peito em dor

E esvai em sangue todo o amor
Toda desilusão

Ai, vontade de ficar mas tendo que ir embora

Ai, que amar é se ir morrendo pela vida afora

É refletir na lágrima um momento breve

De uma estrela pura cuja luz morreu
Numa noite escura triste como eu . . .

Soneto da fidelidade (VINÍCIUS DE MORAES)


De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.


E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama


Eu possa (me) dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Cecília Meireles

Retrato

Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
- Em que espelho ficou perdida a minha face?

NOTA: BETHÂNIA & HIME

NOTA: BETHÂNIA & HIME

Maria Bethânia e Francis Hime estão entre os
artistas brasileiros escalados para a 41ª edição
do Festival de Jazz de Montreux, que aconte-
ce entre 6 e 21 de julho na cidade da Suiça. Os
dois vão se apresentar dia 15 de julho, no Milles
Davis Hall.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Deslizes (Michael Sullivan e Paulo Massadas)



Deslizes (1989)


Fagner
Não sei porque
Insisto tanto em te querer
Se você sempre faz de mim o que bem quer
Se ao teu lado sei tão pouco de você
É pelos outros que eu sei quem você é
Eu sei de tudo com quem andas
Aonde vais
Mas eu desfaço o meu ciúme
Mesmo assim
Pois aprendi que o meu silêncio vale mais
E desse jeito eu vou trazer você pra mim
E como prêmio eu recebo o teu abraço
Subornando o meu desejo tão antigo
E fecho os olhos para todos
Os teus passos
Me enganando só assim somos amigos

Por quantas vezes me dá raiva de querer
Em concordar com tudo o que você me faz
Já fiz de tudo pra tentar te esquecer
Falta coragem para dizer que nunca mais
Nós somos cúmplices, nós dois
Somos culpados
No mesmo instante em que teu corpo
Toca o meu
Já não existe nem o certo nem errado
Só o amor que por encanto aconteceu
E é assim que eu perdôo os teus deslizes
E é assim o nosso jeito de viver
Em outros braços tu resolves tuas crises
Em outras bocas
Não consigo te esquecer.

Todo o Amor Que Houver Nessa Vida (Cazuza, Reinaldo Arias e Ezequiel Neves)























Eu quero a sorte de um amor tranqüilo

Com sabor de fruta mordida
Nós na batida, no embalo da rede
Matando a sede na saliva
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum trocado pra dar garantia

E ser artista no nosso convívio
Pelo inferno e céu de todo dia
Pra poesia que a gente não vive
Transformar o tédio em melodia
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum veneno antimonotonia

E se eu achar a sua fonte escondida
Te alcance em cheio o mel e a ferida
E o corpo inteiro feito um furacão
Boca, nuca, mão, e a tua mente, não
Ser teu pão, ser tua comida
Todo amor que houver nessa vida
E algum remédio que me dê alegria

Codinome Beija-FlorCazuza, (Reinaldo Arias e Ezequiel Neves)


Codinome Beija-Flor
(1985)

Música lançada no LP Exagerado, primeiro individual de Cazuza em 1985. Agenor de Miranda Araújo Neto, Cazuza, nasceu em 4/4/1958 no Rio de Janeiro. Filho de produtor musical e diretor de gravadora, foi criado em Ipanema e estudou no Colégio Santo Inácio, um dos melhores do Rio de Janeiro. Teve formação musical variada, passando por rock de Jimi Hendrix, Rolling Stones e Led Zeppelin indo até os brasileiríssimos Lupicínio Rodrigues, Dolores Duran e Maysa que ouvia com frequência na casa dos pais. Iniciou carreira musical no conjunto Barão Vermelho no início dos anos 80; o grande sucesso do grupo foi com o compacto "Bete Balanço", de Cazuza e Frejat, feita para filme de mesmo nome de Lael Rodrigues.
Em 1985 desligou-se do grupo para seguir carreira solo; conseguiu grande sucesso como cantor e compositor. Suas músicas mais famosas são: Codinome beija-flor, com Reinaldo Arias e Ezequiel Neves, Bete Balanço, Ideologia, Maior abandonado, Narciso, Pura Seda, Sem Vergonha estas com Frejat, Faz parte do meu show com Renato Ladeira, O tempo não pára com Arnaldo Brandão e muitas outras.
Artista famoso e jovem, teve repercussão nacional a notícia de sua doença (AIDS) em 1987.
Seu LP de 1988 Ideologia trouxe músicas lindíssimas como Ideologia, Faz parte do meu show e Brasil sendo esta última gravada por Gal Costa e tema de abertura da novela "Vale tudo" da Rede Globo. Ganhou vários prêmios: Melhor Letrista da MPB dividido com Chico Buarque em 1987, Melhor Cantor Pop Rock e Melhor Música Pop Rock por "Preciso dizer que te amo" com Dé e Bebel Gilberto. Sua vida foi tema do filme "Cazuza - eu preciso dizer que te amo" com roteiro baeado na biografia escrita por sua mãe Lucinha Araújo "Só as mães são felizes". As notícias de sua doença bem como o agravamento e falecimento foram muito divulgadas pela mídia, causando muita discussão e esclarecimentos a respeito da AIDS.
Faleceu em 7/7/1990 com apenas 32 anos.
Dárcio Fragoso

Codinome Beija-Flor
(1985)

Pra que mentir
Fingir que perdoou
Tentar ficar amigos sem rancor
A emoção acabou
Que coincidência é o amor
A nossa música nunca mais tocou...
Pra que usar de tanta educação
Pra destilar terceiras intenções
Desperdiçando o meu mel
Devagarzinho, flor em flor
Entre os meus inimigos, beija-flor
Eu protegi o teu nome por amor
Em um codinome, Beija-flor
Não responda nunca, meu amor
Pra qualquer um na rua, Beija-flor
Que só eu que podia
Dentro da tua orelha fria
Dizer segredos de liquidificador
Você sonhava acordada
Um jeito de não sentir dor
Prendia o choro e aguava o bom do amor
Prendia o choro e aguava o bom do amor

SAUDADE *






* Geboren : 21 März 1960
in Paulo Sao( Brasilien )
+ Gestorben : 1 Mai 1994 in
Imola ( San Marino )


saudades de você nas manhãs
de
domingo.......................



Caçador de mim (Sérgio Magrão e Luis Carlos Sá)

Caçador de mim
(1980)

Música lançada no LP de Milton "Caçador de mim" em 1980. Milton Nascimento nasceu em 26/10/1942 no Rio de Janeiro, mas mudou-se ainda garotinho para Três Pontas MG, sempre se dedicando à música;em 1963 mudou-se para Belo Horizonte para estudar Economia; conheceu então os irmãos Marilton, Márcio e Lô Borges, aumentando assim seus contatos musicais e passando a atuar na noite de Belo Horizonte como cantor e tocando contrabaixo.
Participou ativamente dos festivais de música: em 1966 no Festival Nacional de Música Popular da TV Excelsior em São Paulo, classificou em quarto lugar "Cidade Vazia" de Baden Pawel e Lula Freire; no ano seguinte no II Festival Internacional da Canção da TV Globo teve três composições suas classificadas: "Travessia" com Fernando Brant classificada em 2º lugar, "Morro velho" em 7º lugar e "Maria, minha fé" finalista mas não premiada. Milton recebeu nesse Festival pela interpretação de "Travessia" o prêmio de melhor intérprete. Mesmo tendo nascido no Rio de Janeiro, mas criado em Minas, Milton é o maior responsável pela divulgação e consagração da moderna música popular feita em Minas Gerais.
Milton tem participado ativamente de muitos shows em teatros de todo o Brasil, fez muitas excursões aos Estados Unidos e Europa e tem sido ativo participante dos movimentos musicais em defesa da música popular brasileira; cantor de sucesso, autor de 180 composições solo e com diversos parceiros as mais famosas são: "Travessia", "Ponta de areia" e "Canção da América" com Fernando Brant,"Três Pontas", "Nada será como antes", "Cais" e "Circo marimbondo" com Ronaldo Bastos, "O cio da terra" com Chico Buarque, "Coração de estudante" com Wagner Tiso e inúmeras outras. Milton foi premiado em 1996 pela entidade Rain Forest por sua atuante participação nos movimentos ecológicos; em 1998 recebeu o prêmio Grammy, o mais importante no mundo musical, na categoria Melhor CD de World Music pelo seu disco "Nascimento".
Milton Nascimento é considerado no Brasil e no exterior um dos melhores compositores e cantores da moderna música popular brasileira.

Dárcio Fragoso


Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
o que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir as armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
o que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Se eu quiser falar com Deus (Gilberto Gil)



Compositor, cantor e instrumentista, Gilberto Passos Gil Moreira nasceu em 29/06/1942 em Salvador BA; viveu com os pais o médico José Gil Moreira e a professora Claudina Moreira até os 9 anos em Ituaçu interior da Bahia; posteriormente foi morar com sua tia Margarida em Salvador, iniciando então seus estudos de música; em 1961 ganhou de sua mãe um violão aperfeiçoando-se no instrumento; formou-se Administrador de Empresas pela Universidade Federal da Bahia em 1964; estreou em disco em 1962 apresentando-se em rádio e TV. Nessa época tornou-se amigo de Caetano Veloso que viria a ser seu grande amigo e parceiro. Participou de inúmeros shows com os "Doces bárbaros" composto por Maria Bethânia, Gal Costa, Tom Zé dirigidos por Caetano Veloso.
Autor de mais de cem composições as principais foram: "Ensaio Geral" 5º colocada no II Festival de MPB da TV Record, "Domingo no parque" 2º lugar no mesmo festival do ano seguinte, "Procissão", "Refestança" com Rita Lee, "Se eu quiser falar com Deus" e inúmeras outras.
Considerado um dos artistas mais cultos do Brasil, participou de vários movimentos em defesa da música popular brasileira; por sua atuação política, excelente formação cultural e humanística foi convidado a participar como Ministro da Cultura .

Dárcio Fragoso

Se eu quiser falar com Deus
(1980)

Se eu quiser falar com Deus
Tenho que ficar a sós
Tenho que apagar a luz
Tenho que calar a voz
Tenho que encontrar a paz
Tenho que folgar os nós
Dos sapatos, da gravata
Dos desejos, dos receios
Tenho que esquecer a data
Tenho que perder a conta
Tenho que ter mãos vazias
Ter a alma e o corpo nus
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que aceitar a dor
Tenho que comer o pão
Que o diabo amassou
Tenho que virar um cão
Tenho que lamber o chão
Dos palácios, dos castelos
Suntuosos do meu sonho
Tenho que me ver tristonho
Tenho que me achar medonho
E apesar de um mal tamanho
Alegrar meu coração
Se eu quiser falar com Deus
Tenho que me aventurar
Tenho que subir aos céus
Sem cordas pra segurar
Tenho que dizer adeus
Dar as costas, caminhar
Decidido, pela estrada
Que ao findar vai dar em nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Nada, nada, nada, nada
Do que eu pensava encontrar

Amor Barato ((Chico Buarque/Francis Hime)


Eu queria ser um tipo de compositor

capaz de cantar nosso amor modesto

um tipo de amor que é de mendigar cafuné

que é pobre e às vezes nem é honesto

Pechincha de amor, mas que eu faço tanta questão

que se tiver precisão, eu furto

Vem cá meu amor, agüenta o teu cantador

me esquenta porque o cobertor é curto

Mas levo esse amor com o zelo de quem leva o andor

eu velo pelo meu amor que sonha

que, enfim, nosso amor, também pode ter seu valor

também é um tipo de flor

que nem outro tipo de flor

dum tipo que tem que não deve nada a ninguém

que dá mais que Maria-Sem-Vergonha

Eu queria ser um tipo de compositor

capaz de cantar nosso amor barato

Um tipo de amor que é esfarrapar e cerzir

que é de comer e cuspir no prato

Mas levo esse amor com o zelo de quem leva o andor

eu velo pelo meu amor que sonha

que, enfim, nosso amor, também pode ter seu valor

também é um tipo de flor

que nem outro tipo de flor

dum tipo que tem que não deve nada a ninguém

Que dá mais que Maria-Sem-Vergonha


quinta-feira, 26 de abril de 2007

Samba da benção (Vinícius de Moraes)


Samba da benção (Vinícius de Moraes)

É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração

Feito essa gente que anda por
Brincando com a vida, Cuidado companheiro!
A vida é pra valer... E não se engane não,
Tem uma só, Duas mesmo que é bom...
Ninguém vai me dizer que tem
Sem provar, muito bem provado
Com certidão passada em cartório do céu
E assinado em baixo: Deus
E com firma reconhecida
A vida comigo é a arte do encontro
Embora haja tanto desencontro pela vida
Há sempre uma mulher à sua espera
Com os olhos cheios de carinho
E as mãos cheias de perdão
Ponha um pouco de amor na sua vida
Como no seu samba...

Rosa de Hiroshima ( Vinícius de Moraes)




Rosa de Hiroshima

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

Poema (Cazuza / Frejat)

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo

Porque o passado me traz uma lembrança
De um tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço, um consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos ou anos atrás

Ajudai, Senhor ( Cazuza )


Deus, me ajuda
Me ajuda, Senhor
Eu me sinto tão usado e louco aqui
Sem ninguém, ninguém pra amar
Eu procuro em todo lugar e não acho
Ninguém para amar
Deus, me ajuda
Me ajuda, Senhor
Eu sei, não há nenhum tipo Especial de pessoa
Que te pede
Mas eu acredito que o Senhor não esquece ninguém
Ninguém
Ah, Deus, me ajuda, por favor
Você não sabe quanto tempo faz
Que eu tento em vão
Todo dia eu me esforço
Tentando mudar
Mas alguma coisa sempre me empurra pra baixo
É verdade
Não me deixe só aqui, sem amor
Não me deixe, Senhor...

Que o Deus Venha(Cazuza / R. Frejat /C. Lispector)

Sou inquieto, áspero

E desesperançado
Embora amor dentro de mim eu tenha
Só que eu não sei usar amor
Às vezes arranha
Feito farpa

Se tanto amor dentro de mim
Eu tenho, mas no entanto
Continuo inquieto
É que eu preciso que o Deus venha
Antes que seja tarde demais

Corro perigo
Como toda pessoa que vive
E a única coisa que me espera
É o inesperado

Mas eu sei
Que vou ter paz antes da morte
Que vou experimentar um dia
O delicado da vida
Vou aprender
Como se come e vive
O gosto da comida

BIOGRAFIA

Junho 08, 2004

Cazuza

Cazuza foi um de meus ídolos (ah, os anos 80), e é talvez o primeiro deles a ter sua vida retratada na tela grande.

Cazuza, antes da doença. Filho de João Araújo, fundador da gravadora Som Livre, conviveu desde cedo com grandes nomes da MPB, ao mesmo tempo que usufruiu das benesses de pertencer a uma família de posses. Durante a adolescência viajou para Londres, começou (e abandonou) um curso de fotografia na Califórnia, morou em um apartamento em Ipanema (onde traficou cocaína), sempre às custas dos pais, que ainda assim tentaram "endireitá-lo". Um exemplo: cedendo às pressões familiares, Cazuza prestou e foi aprovado no vestibular do Centro de Comunicações de Jacarepaguá, mas trancou a matrícula logo em seguida. Questionado por João a respeito de sua atitude, retrucou:

- Você disse que me daria um carro se eu entrasse na faculdade, mas não falou nada sobre cursá-la...

Ele poderia ter sido mais um filhinho de papai babaca como tantos que se encontram por aí. Mas aquele moleque arrivista tinha um genuíno talento, que começou a ser estimulado a partir de um curso de teatro promovido pela trupe do Asdrúbal Trouxe o Trombone (grupo que revelou atores como Regina Casé e Luis Fernando Guimarães) no lendário Circo Voador. Lá, Cazuza conhece amigos como Bebel Gilberto (filha de João Gilberto Leo de Jaime (responsável por recomendá-lo ao Barão Vermelho, que estava à procura de um vocalista). Foi numa das apresentações desse curso que Cazuza canta pela primeira vez em um palco (interpretando "Odara", de Caetano).

Cazuza e Roberto Frejat, guitarrista do Barão, sintonizam-se de imediato. Afinal, ambos são fãs de Luís Melodia, Billie Holiday, Janis Joplin, Novos Baianos: é o início de uma das melhores parcerias do rock nacional. Contudo, o jeito porralouca de Cazuza se manifesta já no primeiro show da banda, quando, completamente de porre, canta o tempo todo com a braguilha da calça aberta. Em 1982 o Barão Vermelho lança seu primeiro disco. Aclamado pela crítica, obtém no entanto vendas pífias: 8 mil cópias. Uma injustiça, principalmente por se tratar do álbum que contém a obra-prima ("Eu quero a sorte de um amor tranqüilo/ Com sabor de fruta mordida/ Nós na batida, no embalo da rede/ Matando a sede na saliva").

O segundo álbum, "Barão Vermelho 2" (1983), Ney Matogrosso (ex-namorado de Cazuza, que o descreveu na biografia escrita por Lucinha Araujo como "um anjo caído do céu, encantador e apaixonante"). Mesmo assim, não vende mais que 15 mil cópias; fosse hoje, qualquer gravadora teria dispensado o Barão de seu casting (bons tempos, nos quais uma banda tinha o direito de uma terceira chance para finalmente emplacar). Tiro certeiro: "Maior Abandonado" (1984) vende 100 mil cópias, impulsionado pelo show no Rock in Rio, duas músicas na trilha sonora do filme Lael Rodrigues e uma turnê intempestiva marcada por confusões causadas pelas bebedeiras e destemperos de Cazuza, que tem seu desligamento do Barão anunciado oficialmente .

Em novembro de 1985 chega às lojas seu primeiro álbum solo, precedido pelo estouro nas FMs , cuja letra descreve à perfeição seu jeito impulsivo ("Até nas coisas mais banais/ Pra mim é tudo ou nunca mais"). No ano seguinte lança seu segundo álbum, "Só Se For a Dois". Contudo, sua saúde começa a ratear: seu corpo perde peso, os cabelos tornam-se mais ralos. Em abril de 1987, o diagnóstico: Cazuza tem o vírus HIV. O fim do ano é marcado pelas primeiras crises decorrentes da Aids que já se manifestava, e Cazuza passa duas semanas internado na CTI de uma clínica em Boston. A resposta vem através da música: novas composições surgem em ritmo frenético. 1988 é o ano de seu auge criativo, com o lançamento de "Ideologia", seu melhor álbum. Nas letras, flashes de sua batalha contra a doença: "meu prazer agora é risco de vida", "eu vi a cara da morte e ela estava viva". Ao mesmo tempo, Cazuza flerta com a MPB e seus versos ganham em lirismo, como em ("Dizem que estou louco/ (...) em perder noites de sono/ Só pra te ver dormir/ E me fingir de burro/ Pra você sobressair") ou na belíssima ("Vamos cantar o blues da piedade/ Porque há um incêndio sob a chuva rala/ Porque somos iguais em desgraça").

Cazuza, depois da doença. Imagino que esta foto foi tirada quando da gravação do especial para a Globo, em 1988.Os sinais da doença tornam-se cada vez mais evidentes. Durante a turnê do lançamento de "Ideologia", Cazuza desmaia em um show em Belém do Pará. Noutro, no Canecão, cospe em cima da bandeira do Brasil. Em Maceió, arria as calças revelando não usar nada por baixo. Em meio a tudo isso, sofre com o turbilhão do tratamento da Aids, feito à base de AZT, remédio que lhe dá violentos efeitos colaterais. No começo de 1989, é lançado "O Tempo Não Pára", registro ao vivo dessa turnê; mais de 500 mil cópias são vendidas. Em fevereiro, finalmente admite em público, através de uma entrevista concedida a Zeca Camargo para a Folha de S. Paulo, que está com Aids. A partir desse dia, a imprensa não lhe dá paz. Pouco depois, contrai hepatite; do leito do hospital escreve freneticamente novas letras, agindo como se apenas suas atividades musicais fossem capazes de mantê-lo vivo. De cadeira de rodas, grava o álbum "Burguesia" em condições periclitantes: febril, com a voz débil e irregular.

Em 26 de abril de 1989, um duro baque: as revistas estamparam em sua capa uma foto ressaltando a magreza quase esquelética do cantor, com a sensacionalista manchete "Uma vítima da Aids agoniza em praça pública". Cazuza lê toda a reportagem com olhos lacrimejantes, que se transformam em choro compulsivo após a leitura do último parágrafo, que sentenciava: "Cazuza não é um gênio da música. É até discutível se sua obra irá perdurar, de tão colada que está no momento presente". Em agosto sai "Burguesia", álbum duplo que contém a faixa, dos significativos versos "Senhor, estou pronto para ir ao seu encontro/ Mas não quero/ Não vou/ Eu não quero".

Dois meses depois, Cazuza é internado em São Paulo devido a uma hemorragia interna. Submete-se a tratamentos alternativos, que incluem vacinas à base de sangue de cavalo (pouco havia a fazer na época). Cazuza morre no dia 7 de julho de 1990, aos 32 anos de idade (pesava apenas 38 quilos). Seu legado: 126 músicas gravadas por ele mesmo, 34 por outros intérpretes e cerca de 70 inéditas.


Brasil Cazuza / Nilo Roméro / George Israel

Brasil

Não me convidaram

Pra essa festa pobre
Que os homens armaram pra

me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada antes de

eu nascer

Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta estacionando

os carros

Não me elegeram
Chefe de nada ???
O meu cartão de crédito é uma navalha

Brasil
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Não me sortearam
A garota do Fantástico
Não me subornaram
Será que é o meu fim?
Ver TV a cores
Na taba de um índio
Programada pra só dizer "sim, sim"

Brasil
Mostra a tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim

Grande pátria desimportante
Em nenhum instante
Eu vou te trair
(Não vou te trair)

Preciso Dizer Que Te Amo (Dé/Bebel Gilberto/Cazuza)

Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
E eu preciso dizer que eu te amo
Tanto

E até o tempo passa arrastado
Só pra eu ficar do teu lado
Você me chora dores de outro amor
Se abre e acaba comigo
E nessa novela eu não quero
Ser teu amigo

É que eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Eu já nem sei se eu tô misturando
Eu perco o sono
Lembrando cada riso teu
Qualquer bandeira
Fechando e abrindo a geladeira
A noite inteira

Eu preciso dizer que eu te amo
Te ganhar ou perder sem engano
Eu preciso dizer que eu te amo, tanto

Não Tenha Medo Miltinho Edilberto



Não tenha medo

Me faça seu travesseiro

Aquela roupa eu nem tirei

Só pra dormir com seu cheiro

Aquele beijo de boa-noite

Ainda queima em minha boca

Nem o café esconde o gosto

Em sonhos vejo seu rosto

Você é a estrela do mar profundo

Caiu do céu no meu mundo

Se eu fico longe, só um tiquinho

Pouco mais que um segundo

A corda quebra, o carro pára

O riacho fica fundo

A corda quebra, o carro pára

O riacho fica fundo

Não tenha medo

Lhe ajudo na travessia

Não sei nadar

Pra flutuar, basta a sua companhia



quarta-feira, 25 de abril de 2007

Eu Preciso de Você (Roberto e Erasmo Carlos)

Eu Preciso de Você

Eu preciso de você porque tudo que eu pensei que pudesse desfrutar da vida sem você não sei
Meu amanhecer é lindo se você comigo está tudo é mais bonito
No sorriso que voce me dá
Eu não vivo sem você
Porque tudo que eu andei
Procurando pela vida agora eu sei
Que andei sabendo
Que em algum lugar te encontraria
Pois você já era meu e eu sabia
Como a abelha ncessita de uma flor
Eu preciso de você e desse amor.
Como a terra necessita o sol e a chuva
Eu te preciso
E não vivo um só minuto sem você
Eu preciso de você
Porque em toda minha vida
Nem por uma vez amei alguém assim
Você é tudo, é muito mais
Do que sonhei pra mim
E é por isso que eu preciso de você

Cabocla Jurema

Cabocla Jurema

Maria Bethânia

Composição: Indisponível

Cabocla seu penacho é verde
seu penacho é verde
é da cor do mar

é a cor da cabocla jurema
é a cor da cabocla jurema
é a cor da cabocla jurema

Juremá

Cabocla seu penacho é verde
seu penacho é verde, é da cor do mar

Eu vou me banhar
lá nas águas claras
nas águas de jananína
lá nas águas claras

ÍNDIA

Luíz Gonzaga - Último Pau De Arara


Luíz Gonzaga - Último Pau De Arara
A vida aqui só é ruim quando não chove no chão
mas se chover dá de tudo fartura tem de montão
tomara que chova logo tomara meu deus tomara
só deixo o meu cariri no último pau-de-arara (BIS)
Enquanto a minha vaquinha tiver o couro e o osso
e puder com o chocalho pendurado no pescoço
eu vou ficando por aqui que deus do céu me ajude
quem sai da terra natal em outros cantos não para
só deixo o meu cariri no último pau-de-arara (BIS)

Luíz Gonzaga - Suplica Cearense






Oh! Deus, perdoe este pobre coitado
Que de joelhos rezou um bocado
Pedindo pra chuva cair sem parar

Oh! Deus, será que o senhor se zangou
E só por isso o sol se arretirou
Fazendo cair toda chuva que há

Senhor, eu pedi para o sol se esconder um tiquinho
Pedir pra chover, mas chover de mansinho
Pra ver se nascia uma planta no chão

Meu Deus, se eu não rezei direito o Senhor me perdoe,

Eu acho que a culpa foi
Desse pobre que nem sabe fazer oração

Meu Deus, perdoe eu encher os meus olhos de água
E ter-lhe pedido cheinho de mágoa
Pro sol inclemente se arretirar

Desculpe eu pedir a toda hora pra chegar o inverno
Desculpe eu pedir para acabar com o inferno
Que sempre queimou o meu Ceará

Estes dias de chuva para mim são lindos…adoro ficar na janela
a ver a chuva a cair ou na cama a ouvi-la a bater no telhado!
São dias mesmo propícios a ficarmos em casa quentinhos,
debaixo dos cobertores.Mas não são só propícios a ficar em casa,
nada melhor que ficar à chuva a senti-la no corpo…sensação única!


Boiadero Luíz Gonzaga

Luíz Gonzaga - Boiadero
Armando Cavalcanti / Klecius Caldas
Vai, boiadeiro, que a noite já vem
Guarda o teu gado
E vai pra junto do teu bem
De manhãzinha quando eu sigo pela estrada
Minha boiada pra invernada eu vou levar
São dez cabeças, é muito pouco, é quase nada
Mas num tem outras mais bonitas no lugar
Vai, boiadeiro, que o dia já vem
Leva o teu gado
E vai pensando no teu bem
De tardezinha quando eu venho pela estrada
A fiarada tá todinha a me esperar
Todas feinha, é muito pouco, é quase nada
Mas num tem outros mais bonitos no lugar
Vai, boiadeiro, que a tarde já vem
Leva o teu gado
E vai pensando no teu bem
E quando eu chego na cancela da morada
Minha Rosinha vem correndo me abraçar
É pequenina, é miudinha, é quase nada
Mas num tem outra mais bonita no lugar
Vai, boiadeiro, que a noite já vem...
Guarda o teu gado
E vai pra junto do teu bem

Cigarro de Paia


Meu cigarro de paia

Meu cavalo ligêro

Minha rede de maia

Meu cachorro trigueiro


Quando a manhã vai clareando

Deixo a rede a balançar

No meu cavalo vou montando

Deixo o cão a vigiar

Cendo o cigarro vez em quando

Pra esquecer de me alembrar


Que só me falta uma bonita morena

Pra mais nada me faltar

Que só me falta uma bonita morena

Pra mais nada me faltar



Su: Nossa, gostei muito! Tão bonito, emociona !
Tem muito bom gosto
Sra Noemia!

Miséria


Miséria

(Arnaldo Antunes, Sérgio Brito e Paulo Miklos)

Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Índio, mulato, preto, branco
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Filhos, amigos, amantes, parentes
Riquezas são diferentes
Ninguém sabe falar esperanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Todos sabem usar os dentes
Riquezas são diferentes

Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
A morte não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Miséria é miséria em qualquer canto
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Riquezas são diferentes
O sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferentes

A morte não causa mais espanto
O sol não causa mais espanto
A morte não causa mais espanto
O sol não causa mais espanto
Miséria é miséria em qualquer canto
Riquezas são diferentes
Cores, raças, castas, crenças
Riquezas são diferentes
Índio, mulato, preto, branco
Filhos, amigos, amantes, parentes
Fracos, doentes, aflitos, carentes
Cores, raças, castas, crenças

Em qualquer canto miséria
Riquezas são miséria
Em qualquer canto miséria
Riquezas são miséria
Em qualquer canto miséria
Riquezas são miséria
Em qualquer canto miséria
Riquezas são miséria

Luar Do Sertão Catullo da Paixão Cearense e João Pernambuco

Luar Do Sertão

Catullo da Paixão Cearense e João Pernambuco

Catullo da Paixão Cearense



Oh, que saudade do luar da minha terra, lá na serra,

Branquejando folhas secas pelo chão!

Este luar cá da cidade, tão escuro,

Não tem aquela saudade do luar lá do sertão.



Não há, ó gente, oh não,

Luar como esse do sertão Bis



Se a lua nasce por detrás da verde mata

Mais parece um sol de prata prateando a solidão

E a gente pega na viola que ponteia,

E a canção é lua cheia a nos nascer do coração



Estribilho



Quando vermelha, no sertão, desponta a lua,

Dentro d'alma, onde flutua, também rubra, nasce a dor!

E a lua sobe, e o sangue muda em claridade,

E a nossa dor muda em saudade, branca assim, da mesma cor!



Esribilho



Ai! Quem me dera que eu morresse lá na serra,

Abraçado à minha terra, e dormindo de uma vez!

Ser enterrado numa grota pequenina,

Onde à tarde a sururina chora a sua viuvez!

LINDO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


Estribilho



Diz uma trova, que o sertão todo conhece,

Que, se à noite o céu floresce, nos encanta e nos seduz,

É porque rouba dos sertões as flores belas

Com que faz essas estrelas lá no seu jardim de luz!!!



Estribilho



Mas como é lindo ver, depois por entre o mato,

Deslizar, calmo o regato, transparente como um véu

No leito azul das suas águas murmurando,

Ir por sua vez roubando as estrelas lá do céu!



Estribilho



(LUAR DO SERTÃO)



A gente fria desta terra, sem poesia,

Não se importa com esta lua, nem faz caso do luar!

Enquanto a onça, lá na verde capoeira,

Leva uma hora inteira vendo a lua, a meditar!



Estribilho



Coisa mais bela neste mundo não existe

Do que ouvir um galo triste, no sertão se faz luar!

Parece até que a alma da lua é que descanta,

Escondida na garganta desse galo, a soluçar!



Estribilho



Se Deus me ouvisse com amor e caridade,

Me faria esta vontade - o ideal do coração!

Era que a morte, a descantar, me surpreendesse,

E eu morresse numa noite de luar, no meu sertão!



Estribilho



E quando a lua surge em noites estreladas

Nessas noites enluaradas, em divina aparição,

Deus faz cantar o coração da Natureza

Para ver toda a beleza do luar do Maranhão.



Estribilho



Deus lá no céu, ouvindo um dia essa harmonia,

A canção do meu sertão, do meu sertão primaveril

Disse aos arcanjos que era o Hino da Poesia,

E também a Ave Maria da grandeza do Brasil.



Estribilho



Pois só nas noites do sertão de lua plena,

Quando a lua é uma açucena, é uma flor primaveril,

É que o poeta, descantado, a noite inteira,

Vê na Lua Brasileira toda a alma do Brasil.



COMIDA

Música: Comida (Sérgio Brito / Marcelo Frommer / Arnaldo Antunes)

Álbum(ns): Sempre Livre Mix
Bebida é água                                     
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comida,
A gente quer comida, diversão e arte
A gente não quer só comida,
A gente quer saída para qualquer parte, hum
A gente não quer só comida,
A gente quer bebida, diversão, balé
A gente não quer só comida,
A gente quer a vida como a vida quer
Bebida é água
Comida é pasto
Você tem sede de que?
Você tem fome de que?
A gente não quer só comer,
A gente quer comer e quer fazer amor
A gente não quer só comer,
A gente quer prazer pra aliviar a dor
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer dinheiro e felicidade
A gente não quer só dinheiro,
A gente quer inteiro e não pela metade


Desejo,
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade
Necessidade e desejo
Necessidade e vontade, au
Necessidade

MELODIA SENTIMENTAL

MELODIA SENTIMENTAL
(Heitor Vila-Lobos - Dora Vasconselos)
Jether Garotti Jr.: Piano e teclados
Lui Coimbra: Cello
Rodolfo Stroeter: Baixo acústico

Acorda, vem ver a lua
Que dorme na noite escura
Que surge tão bela e branca
Derramando doçura
Clara chama silente
Ardendo meu sonhar
As asas da noite que surgem
E correm o espaço profundo
Oh, doce amada, desperta
Vem dar teu calor ao luar
Quisera saber-te minha
Na hora serena e calma
A sombra confia ao vento
O limite da espera
Quando dentro da noite
Reclama o teu amor
Acorda, vem olhar a lua
Que dorme na noite escura
Querida, és linda e meiga
Sentir meu amor e sonhar

MARAVILHOSA !!!

terça-feira, 24 de abril de 2007

TAGORE

BIOGRAFIA

Sri Rabindranath Tagore (1861-1941) foi poeta, contista, dramaturgo e crítico de arte hindu. Nascido em Calcutá, seu pensamento abriu novos caminhos à interpretação do misticismo, procurando atualizar as antigas doutrinas religiosas nacionais. Recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1913.
Suas principais obras poéticas foram "O Jardineiro", "O Carteiro do Rei" e "Pássaros Perdidos"...

Rishi Bankim é um entre homens de Bengal do gênio supremo. O tempo nunca poderá diminuir ou trazer a uma paralisação sua autoridade na língua e na literatura bengali. Needless para dizer, os criadores como ele podem nunca ser contados como o monopólio de toda a província. Bankim é intitulado, por seu quer saber-gênio e mestre-trabalha, para espesso entre aqueles que transcended fàcilmente todas as limitações da língua, da raça e do continente. Sua canção "Bande Mataram" era o incantation-fogo mantric da mãe India. Era batalha-grita dos liberdade-lutadores. Os milhares de povos sacrificaram suas vidas ao cantar esta canção. A eles, era um não mero som, mas uma força viva; não palavras, mas uma inspiração impetuosa; nay, a visão de um apocalypse. Os milhares e os milhares de povos receberam a inspiração desta fonte do patriotism. Muitos povos tiveram que ir jail apenas porque cantaram esta canção particular, e todo foram feliz e cheerfully. Era uma não canção ordinária mas o mantra dos mantras, que os inspiraram lutar de encontro ao inglês.


Sri Chinmoy

Prece ( Rabindranath Tagore )

Prece
Rabindranath Tagore

Que a minha prece seja,
Não para ser protegido dos perigos,
Mas para não ter medo de enfrentá-los...

Que a minha prece seja,
Não para acalmar a dor,
Mas para que o coração a conquiste...

Permita que, na batalha da vida,
Não procure aliados,
Mas as minhas próprias forças...

Permita que não implore no meu medo,
Ansioso por ser salvo,
Mas que aguarde a paciência para
Conquistar a minha liberdade!

Lindíssimo ! Adorei. Simples e profundo. Leila Hime