sábado, 19 de maio de 2007

PONTEIO (CAPINAN)



Era um, era dois, era cem
Era o mundo chegando e ninguém
Que soubesse que eu sou violeiro
Que me desse ou amor ou dinheiro

Era um, era dois, era cem
Vieram pra me perguntar
Ô, você, de onde vai, de onde vem
Diga logo o que tem pra contar

Parado no meio do mundo
Senti chegar meu momento
Olhei pro mundo e nem via
Nem sombra, nem sol, nem vento

Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar (bis)

Era um dia, era claro, quase meio
Era um canto calado, sem ponteio
Violência, viola, violeiro
Era morte em redor, mundo inteiro
Era um dia, era claro, quase meio
Tinha um que jurou me quebrar
Mas não lembro de dor nem receio
Só sabia das ondas do mar
Jogaram a viola no mundo
Mas fui lá no fundo buscar
Se eu tomo a viola ponteio
Meu canto não posso parar, não

Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar (bis)

Era um, era dois, era cem
Era um dia, era claro, quase meio
Encerrar meu cantar já convém
Prometendo um novo ponteio
Certo dia que sei por inteiro
Eu espero, não vá demorar
Este dia estou certo que vem
Digo logo o que vim pra buscar
Correndo no meio do mundo
Não deixo a viola de lado
Vou ver o tempo mudado
E um novo lugar pra cantar

Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar
Quem me dera agora
Eu tivesse a viola pra cantar (bis)

BEIRA MAR Roberto Mendes/Capinan


Beira-Mar

Maria Bethânia

Dentro do mar tem rio...
Dentro de mim tem o quê?
Vento, raio, trovão
As águas do meu querer

Dentro do mar tem rio...
Lágrima, chuva, aguaceiro
Dentro do rio tem um terreiro
Dentro do terreiro tem o quê?

Dentro do raio trovão
E o raio logo se vê
Depois da dor se acende
Tua ausência na canção

Deságua em mim a paixão
No coração de um berreiro
Dentro de você o quê?
Chamas de amor em vão

Um mar de sim e de não
Dentro do mar tem rio
É calmaria e trovão
Dentro de mim tem o quê?

Dentro da dor a canção
Dentro do guerreiro flor
Dama de espada na mão
Dentro de mim tem você

Beira-mar
Beira-mar
Ê ê beiramar
Cheguei agora
Ê ê beira-mar
Beira-mar beira de rio
Ê ê beira-mar

Olhos nos Olhos (Chico Buarque)


Olhos nos Olhos

(Chico Buarque)
Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci

Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos no olhos, quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você passo bem demais

E que venho até remoçando
Me pego cantando
Sem mais nem porquê
E tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você

Quando talvez precisar de mim
Você sabe a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos, quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

- As Canções Que Você Fez Pra Mim - Roberto Carlos - Erasmo Carlos


Hoje eu ouço as canções que você fez pra mim
Não sei por que razão tudo mudou assim

Ficaram as canções e você não ficou

Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou

Tanta coisa que somente entre nós dois ficou

Eu acho que você já nem se lembra mais

É tão difícil olhar o mundo e ver

O que ainda existe

Pois sem você meu mundo é diferente

Minha alegria é triste

Quantas vezes você disse, que me amava tanto

Tantas vezes eu enxuguei o seu pranto

Agora eu choro só, sem ter você aqui

Esqueceu de tanta coisa que um dia me falou

Tanta coisa que somente entre nós dois ficou

Eu acho que você já nem se lembra mais

É tão difícil olhar o mundo e ver

O que ainda existe
Pois sem você meu mundo é diferente

Minha alegria é triste

Quantas vezes você disse que me amava tanto

Quantas vezes eu enxuguei o seu pranto

E agora eu choro só sem ter você aqui

sexta-feira, 18 de maio de 2007

VENCEDORES DO PRÊMIO TIM.



VENCEDORES DO PRÊMIO TIM.

Na noite de ontem, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro foi palco para a entrega do 5º Prêmio TIM de Música, ex-Prêmio Sharp, que teve como mestres de cerimônia as atrizes Fernanda Montenegro e Camila Pitanga.
Maria Bethânia foi eleita melhor cantora na categoria MPB , com Mar de Sophia ela ganhou o troféu como melhor disco , na categoria melhor canção ganhou mais um troféu com a música ‘Beira Mar’ e na categoria Projeto visual ganhou o 4º troféu com o disco Pirata.

Ficou faltando os de melhor cantora voto popular e melhor de todas e de tudo!!!!

Neide.

CDs da cantora ganham 4 troféus; Marisa Monte leva 3

Pela terceira vez nos cinco anos do prêmio, Maria Bethânia foi a maior vencedora do Tim de Música, anteontem à noite no Teatro Municipal do Rio. Seus dois CDs lançados em 2006 ganharam quatro troféus. Marisa Monte ficou com três.

Na categoria MPB, Bethânia foi escolhida pelo júri a melhor cantora, e Mar de Sophia, o melhor disco. A canção do ano foi Beira-Mar (Roberto Mendes/Capinam), cantada por ela. O projeto visual de Pirata, feito por Gringo Cardia a partir de uma idéia da cantora, também ganhou. “O Pirata foi quase uma brincadeira, é do Quitanda [selo dela dentro da Biscoito Fino]. Mar de Sophia merece mais o prêmio [de disco]”, disse Bethânia. A Biscoito Fino voltou a ser a gravadora com mais vitórias no Tim: nove troféus.

Marisa Monte, também com dois CDs em 2006, conseguiu a façanha de ganhar como cantora de samba (Universo ao Meu Redor) e de pop/ rock (Infinito Particular). E foi escolhida pelo voto popular -Jorge Vercilo ganhou entre os homens. Com , Caetano Veloso venceu as categorias cantor e disco pop/rock. No palco, reencontrou os irmãos Sérgio Dias e Arnaldo Brandão, seus colegas de Tropicália. Os Mutantes foram eleitos o melhor grupo. O bandolinista Hamilton de Holanda e o cantor Cauby Peixoto (representado pelo ator Diogo Vilela) levaram dois prêmios. Dominguinhos, melhor cantor regional, foi aplaudido de pé.

Fernanda Montenegro, apresentadora ao lado de Camila Pitanga, protagonizou um momento curioso ao gaguejar no nome do DJ Patife, vencedor em disco eletrônico. “É Patife mesmo. Hesitei um pouco, mas com consentimento, vai”, disse.

Zeca Pagodinho, Tantinho da Mangueira e Fundo de Quintal ganharam os prêmios de samba, gênero que brilhou na noite com a homenagem a Zé Keti (1921-1999).

Paulinho da Viola, em Jaqueira da Portela, e Emílio Santiago e Mariana Aydar, em Mascarada, se destacaram.

Chorei (Carlos Imperial)


Chorei

Roberto Carlos

Chorei
Uma lágrima de dor
Por amor ao nosso amor
Pelo muito que te amei
Chorei
Quando vi chegar ao fim
O amor que havia em mim
A ternura que guardei

Chorei
Uma lágrima sentida
A primeira em minha vida
Confesso que chorei

Chorei
Foi grande o meu desgosto
Não vou mais beijar seu rosto
Como antes eu beijei

Chorei
Uma lágrima sentida
A primeira em minha vida
Confesso que chorei

Chorei
Foi grande o meu desgosto
Não vou mais beijar seu rosto
Como antes eu beijei

Chorei
Uma lágrima de dor
Por amor ao nosso amor
Pelo muito que te amei

Chorei
Foi grande o meu desgosto
Não vou mais beijar seu rosto
Como antes eu beijei

Não vou mais beijar seu rosto
Como antes eu beijei

Não vou mais beijar seu rosto
Como antes eu beijei

É Isso Aí Damien Rice (vers.: Ana Carolina)


É Isso Aí

Ana Carolina

É isso aí
Como a gente achou que ia ser
A vida tão simples é boa
Quase sempre
É isso aí
Os passos vão pelas ruas
Ninguém reparou na lua
A vida sempre continua

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não sei parar
De te olhar

É isso aí
Há quem acredite em milagres
Há quem cometa maldades
Há quem não saiba dizer a verdade

É isso aí
Um vendedor de flores
Ensinar seus filhos a escolher seus amores

Eu não sei parar de te olhar
Eu não sei parar de te olhar
Não vou parar de te olhar
Eu não me canso de olhar
Não vou parar de te olhar

Segredo (Luiz melodia)


Segredo

Zélia Duncan


O tempo inteiro
Eu ando me perdendo por aí
Sem aposento
Me leve vento
Sou folha
É tempo lento
Eu quero uma semana estar contigo
Eu quero a rua
Eu quero que as ondas me tragam
Há quanto tempo
Quero ajudar quem me criou
Quero um tantinho
Eu luto sozinho
Meu nosso Senhor
Eu quero é mais
Muito mais
Ser um calado coração trancado
Eu tenho um recado
Um ódio interno marcado
Guardado
Fincado pregado lacrado

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Eu Quero Colo (Fernando Pesoa)


Eu Quero Colo

Maria Bethânia

Eu quero colo
Um berço
Um braço quente em torno do meu pescoço
Uma voz que cante baixo
Que pareça querer me fazer chorar
Eu quero um calor no inverno
Um estravio morno da minha consciência
E depois em sumo
Um sonho calmo
Um espaço enorme
Como a Lua rodando entre as estrelas

TAIGUARA


Eu desisto
Não existe essa manhã que eu perseguia
Um lugar que me de trégua ou me sorria
Uma gente que não viva só pra si
Só encontro
Gente amarga mergulhada no passado
Procurando repartir seu mundo errado
Nessa vida sem amor que eu aprendi
Por uns velhos vão motivos
Somos cegos e cativos
No deserto do universo sem amor
E é por isso que eu preciso
De você como eu preciso
Não me deixe um só minuto sem amor
Vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se une em versos a canção
Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
E é por isso que eu preciso...
Vem que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos

EPITAFIO (TITANS)

Epitafio dos Titans.

" Devia Ter amado mais."
Ter Chorado mais
Ter visto o sol nascer.

Devia Ter me arriscado mais,
e ate errado mais.
Ter feito o que eu queria fazer.

Queria ter aceitado
as pessoas como elas sao.
Cada um sabe a alegria,
e ador que traz no coracao.

O acaso vai me proteger....
Enquanto eu andar
distraido.
O acaso vai me proteger .....
Enquanto eu andar....

Devia ter complicado menos,
e trabalhado menos,
Ter visto o sol se por .....

Devia ter me importado menos,
com problemas pequenos.....
Ter morrido de amor!

Queria ter aceitado a vida como ela e',
A cada um cabe alegrias,
e a tristeza que vier ......

Os titans conseguiram colocar numa linda melodia
uma grande reflexao sobre a vida.
Nao deixe para o seu epitafio..... Escreva hoje na
Historia de sua vida que voce viveu intensamente cada
instante do hoje como se não houvesse um amanhã.
Viva mais .Se culpe menos , e também culpe menos.
Ame mais.Aceite a VIDA ,pois ela e realizada por você.
Repare mais naqueles que te rodeiam , afinal cada um tem
seus defeitos e suas virtudes.
Com essa linda melodia e mensagem desejo a TODOS
e ao MUNDO PAZ !!!!!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Música... Que sei eu de mim? (Fernando Pessoa)




Fernando Pessoa

Música... Que sei eu de mim?
MÚSICA... Que sei eu de mim?
Que sei eu de haver ser ou estar?
Música... sei só que sem fim
Quero saber só de sonhar...

Música... Bem no que faz mal
À alma entregar-se a nada...
Mas quero ser animal
Da insuficiência enganada

Música... Se eu pudesse ter,
Não o que penso ou desejo,
Mas o que não pude haver
E que até nem em sonhos vejo,

Se também eu pudesse fruir
Entre as algemas de aqui estar!
Não faz mal. Flui,
Para que eu deixe de pensar!

XXVIII - Li Hoje (Alberto Caeiro)


Alberto Caeiro
XXVIII - Li Hoje
Li hoje quase duas páginas
Do livro dum poeta místico,
E ri como quem tem chorado muito.

Os poetas místicos são filósofos doentes,
E os filósofos são homens doidos.

Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
E dizem que as pedras têm alma
E que os rios têm êxtases ao luar.

Mas flores, se sentissem, não eram flores,
Eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram cousas vivas, não eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.

É preciso não saber o que são flores e pedras e rios
Para falar dos sentimentos deles.
Falar da alma das pedras, das flores, dos rios,
É falar de si próprio e dos seus falsos pensamentos.
Graças a Deus que as pedras são só pedras,
E que os rios não são senão rios,
E que as flores são apenas flores.

Lá fora onde árvores são (Fernando Pessoa)



Poesias Inéditas
Lá fora onde árvores são

Lá fora onde árvores são
O que se mexe a parar
Não vejo nada senão,
Depois das árvores, o mar.

É azul intensamente,
Salpicado de luzir,
E tem na onda indolente
Um suspirar de dormir.

Mas nem durmo eu nem o mar,
Ambos nós, no dia brando,
E ele sossega a avançar
E eu não penso e estou pensando.

Liberdade (Fernando Pessoa)

Amanhecer

Liberdade
Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer !
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não !

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Lindo demais !!!!!!!!!!!!!!!! N.Hime

terça-feira, 15 de maio de 2007

VACA PROFANA (CAETANO VELOSO)




Vaca profana

Caetano Veloso

Respeito muito minhas lágrimas
Mas ainda mais minha risada
Inscrevo assim minhas palavras
Na voz de uma mulher sagrada
Vaca profana, põe teus cornos
Pra fora e acima da manada

Ê
Êê dona das divinas tetas
Derrama o leite bom na minha cara
E o leite mau na cara dos caretas

Segue a movida Madrileña
Também te mata Barcelona
Napoli, Pino, Pi, Pau, punks
Picassos movem-se por Londres
Bahia onipresentemente
Rio e belíssimo horizonte
Ê
Êê vaca de divinas tetas
La leche buena toda en mi garganta
La mala leche para los puretas

Quero que pinte um amor Bethânia
Steve Wonder, andaluz
Como o que tive
em Tel Aviv
Perto
do mar, longe da cruz
Mas em composição cubista
Meu mundo Thelonius Monk’s blues
Ê
Êê vaca de divinas tetas
Teu bom só para o oco, minha falta
E o resto inunde as almas dos caretas

Sou tímido e espalhafatoso
Torre traçada por Gaudi
São Paulo é como o mundo todo
No mundo um grande amor perdi
Caretas de Paris, New York
Sem mágoas estamos aí
Ê
Êê dona das divinas tetas
Quero teu leite todo em minha alma
Nada de leite mau para os caretas

Mas eu também sei ser careta
De perto ninguém é normal
Às vezes segue em linha reta
A vida, que é meu bem, meu mal
No mais as ramblas do planeta
Orchata de chufa si us plau
Ê
Êê deusa de assombrosas tetas
Gota de leite bom na minha cara
Chuva do mesmo bom sobre os caretas



O outro lado da moeda

O outro lado da moeda

A moeda brilha prateada enquanto a miséria segue pranteada pelos olhos tristes e as barrigas vazias da África.É surpreendente como o ser humano conseguiu se distanciar tanto um do outro a ponto de ter criado um estado de coisas e até uma condição física de tanta desigualdade, todos homens são mortais não só porque podem morrer a qualquer momento, mas principalmente porque podem matar uns aos outros a qualquer momento.

Não se resolve a fome africana com o simples envio de comida e ajuda financeira, a comida logo acaba e o dinheiro é roubado pelos políticos corruptos e sua ganância sem fim, será séria a preocupação mundial com a África o dia que você ler nos noticiários que alguma multinacional está investindo bilhões de dólares na construção de fábricas e geração de empregos naquele continente.

A moeda brilha dourada enquanto uma coisa chamada tensão racial corre inveterada, algo odioso que existe nas entranhas de cada um de nós, algo que escondemos nos mais íntimos recônditos da nossa consciência, não somos capazes de tratar como nossos o que são diferentes de nós, atire a primeira pedra quem é sempre justo, discriminamos os que são mais baixos do que nós, até os que têm nariz maior do que o nosso o que dirá os que têm a cor diferente da nossa.

Meu devaneio não é tão profundo que sonhe com uma utópica ficção de uma sociedade sem minorias, mas gostaria de sonhar com uma realidade mais justa, o capitalismo não é o pai de todas desigualdades assim como o governo não é o culpado por todas as desgraças que acontecem, todos nós temos nossa polpuda parcela de culpa.

O outro lado da moeda em nosso país revela que existe uma grande “armadilha da desigualdade” montada pela elite econômica e política que se perpetua no poder, criando mecanismos financeiros e legislativos para manter o comando e obter vantagens.

A mídia brasileira é privada e não tem a isenção necessária para fazer julgamentos, há interesses por trás de cada noticia alardeada, muitos meios de comunicação estão claramente empenhados numa cruzada para destituir do poder os que eles consideram “impuros” e não pensem que eles o fazem porque amam nossa pátria.

O outro lado da moeda mostra que a saída pra tudo isso é que desenvolvamos nosso próprio senso critico para não ficar dependendo dos outros...aliás é horrível depender de qualquer coisa dos outros, né?

Tudo isso é só uma opinião e não uma verdade...como tudo na vida.

P.S.: Veja o que contem nesse link a seguir que me inspirou a pensar sobre esses assuntos:

http://www.ekincaglar.com/coin/flash-br.html


VEJA O LINK SE TIVER CORAGEM, PENSE............... NÃO TENHO PALAVRAS. NOEMIA HIME

Haja O Que Houver Composição: Pedro Ayres Magalhães


Haja O Que Houver

Madredeus

Composição: Pedro Ayres Magalhães

Haja o que houver
Eu estou aqui
Haja o que houver
espero por ti

Volta no vento ô meu amor
Volta depressa por favor
Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor...

Eu sei quem és
pra mim
Haja, o que houver
espero por ti...

Há quanto tempo, já esqueci
Porque fiquei, longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor

Eu sei quem és
pra mim
Haja, o que houver
espero por ti...

Escuta ( Ana Carolina )

Escuta

Luiza Possi

Composição: Ana Carolina

Agora que eu quero ficar
Na hora em que eu decidi
Você diz que já não tem certeza
Me pede pra não insistir
Diz que quer pensar e sai sem olhar pra trás

Agora que você ouviu o que eu te disse até aqui
Só você vai me fazer feliz
Se quiser eu posso repetir

Então escuta, então entenda
Não há nada mais pra se pensar
Então me diga que está voltando
E eu vou te mostrar o quanto eu posso fazer por nós dois

Agora que você ouviu o que eu te disse até aqui
Só você vai me fazer feliz
Se quiser eu posso repetir

Então escuta, então entenda
Não há nada mais pra se pensar
Então me diga que está voltando
E eu vou te mostrar o quanto eu posso fazer por nós dois

Terezinha cantada por Zizi Possi - Chico Buarque




Terezinha

Zizi Possi

Composição: Chico Buarque

O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não

O segundo me chegou
Como quem chega do bar
Trouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não

O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Luiza Possi - Desenganos

Me desfiz dos meu planos
Acabei com tudo
Cometi desenganos
Fiquei em cima do muro
São as paginas em branco
Do meu futuro
Sem você

Distraindo a verdade
Ligo o rádio do carro
Mas as musicas só falam de amor
Acreditei quando disseram
Que o tempo cura qualquer dor

E o teu olhar
Ainda diz muito pra mim
Me faz esquecer que já chegou o fim

Se eu pode se chorar
Seria só eu sei
Um jeito de fazer
Você voltar

Já teve a sua oportunidade
Pra ter a minha amizade
É muito estranho, gostava de mim
mas não tentou
Cuidar do amor, o coração que te adorou
Mas você, só você não me escolheu

Feliz demais, tanto faz
Vou ficar bem
Com ou sem você
Quer saber, estou pronta
Pra alguém
Novo cais
Feliz demais, tanto faz

Eu não te odeio,
já perdi o meu tempo
Preciso ter algum
espaço longe do seu laço
Falso céu com falsas estrelas
Foi você quem prometeu
Mas não vou esperar,
vou buscar o que é meu

Feliz demais, tanto faz
Vou ficar bem
Com ou sem você
Quer saber, estou pronta
Pra alguém
Novo cais
Feliz demais, tanto faz

O nosso amor, baby
não tem solução
Mas tenho a sensação
de que tudo foi em vão
Eu vou vivendo dona da razão

Feliz demais, tanto faz
Vou ficar bem
Com ou sem você
Quer saber, estou pronta
Pra alguém
Novo cais
Feliz demais, tanto faz.

Saudade de Você (Luiza Possi)


Você viajou pra longe
Mas eu sei que vai voltar
Fala o tempo inteiro no seu nome
Não paro de pensar
Espero que não demore
Pois, não sei se vou aguentar
Ah! Meu bem, você é a minha metade
Não dá pra separar
Eu mato o tempo desenhando o seu rosto
Num pedaço de papel
A te esperar
Estou morrendo
De saudades de você
Estou morrendo
De vontade de te ver
Eu sinto tanta a sua falta
Só você me faz sorrir
Quero logo o seu abraço forte
E o mais belo beijo bem aqui
Você nem pode imaginar
Que surpresa eu preparei
Um prêmio se você adivinhar
Uma dica, eu nunca te dei
Eu mato o tempo desenhando o seu rosto
Num pedaço de papel
A te esperar
Estou morrendo
De saudades de você
Estou morrendo
De vontade de te ver
A gente tem tanta coragem
Pra acabar com toda essa crueldade
Por que que todos são tão diferentes
Não vivem a vida simples como a gente
Estou morrendo
De saudades de você
Estou morrendo
De vontade de te ver

Paradoxo (Leila Cristina de Carvalho )




Paradoxo



Meu coração partiu-se

Em duas partes iguais

Uma chora loucamente

Outra ri docemente

Uma é névoa negra

Outra nuvem cor-de-rosa

Uma é ferida que sangra

Outra riacho manso

Uma fez-se noite eterna

Outra repousa em silêncio.

Lua Adversa (CECÍLIA MEIRELES)


CECÍLIA MEIRELES

Lua Adversa

TENHO FASES, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Coimbra (Raul Ferrao / José Galhardo)

Coimbra Caetano Veloso

Coimbra do Choupal
Ainda és capital
Do amor em Portugal
ainda
Coimbra onde uma vez
Com lágrimas se fez
A história dessa Inês tao linda
coimbra das cançoes tao meigas
Que nos poe
Os nossos coraçoes a nu
Coimbra dos doutores
Para nós os teus cantores
A fonte dos amores és tu

Coimbra é uma liçao
De sonho e tradiçao
O lent é uma cançao
E a lua a faculdade
O livro é uma mulher
Só passa quem souber
E aprende-se a dizer saudade

domingo, 13 de maio de 2007

Sem fantasia (Chico Buarque de Hollanda) 1967


Sem fantasia


Vem, meu menino vadio
Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer
Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perder-te em meus braços
Pelo amor de Deus
Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu

Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer
De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus

Motivos - Chico Poeta


Chico Poeta

Motivos
Sonha, menina, que o
tempo é escasso,
remenda os pedaços
das decepções.
Sonha e vive
não há tempo pra tudo
pra erro há desculpas
de muitos perdões.
Há espaço pra sonhos
de pouco sonhar,
há verbos presentes
te basta usar.
O que tu pensares
procura agir,
te enfrenta, menina,
não vale fugir.

Se hoje fizeres
o que sempre quiseste
não tens que pensar no
abstrato feliz.

Para que mais tarde
somando viver
não te arrependas das
coisas que deixaste
de fazer;
sonha, menina.

Sonata do Homem que Desperta - Chico Poeta


Chico Poeta

Sonata do Homem que Desperta
José vendeu a rés (única).
Comprou sapatos, duas camisas e um par de calças.
Aposentou a enxada foi para a estrada e entrou no ônibus.

José construiu casas
não para ele,
pra cidade;
pintou,
serrou, rolou
nas ruas;
fez de sua fé
uma bandeira crua.

José passou anos
percorrendo
a vida.
Em outro ônibus
encontrou saída.

José passou
pela mesma estrada,
pesou, mediu
todos os desenganos:

Pegou na enxada
e aposentou os
sonhos.