sábado, 21 de abril de 2007

(Clube do Osso)

Coleção de ossos
Especialista cria o maior registro de doenças ósseas do País

Eliane Lobato

Renato Velasco
Ierecê colocará as informações que coletou na internet

Quando a médica patologista Ierecê Lins diz que tem um Clube do Osso, o ouvinte logo pensa num lugar sinistro cheio de tíbias, perônios, crânios. Ierecê está acostumada e até ri do espanto alheio. Com 52 anos de vida e 38 deles dedicados a coletar casos de doenças ósseas – e não ossos propriamente ditos –, ela possui, hoje, o único banco de dados do Brasil sobre essa especialidade da medicina, com sete mil casos catalogados. É o maior arquivo do País. Esse trabalho – que teve início com o marido da médica, o também patologista Cláudio Lemos, já falecido – estará disponível na internet brevemente. E, a longo prazo, ela pretende publicá-lo em revistas médicas.

Os casos registrados por Ierecê foram atendidos por ela mesma, na clínica Cláudio Lemos Anatomia Patológica, no Rio, da qual ela é a proprietária, ou são enviados por outros médicos. Com base em seus estudos, ela faz um alerta: tem aumentado o número de crianças e adolescentes com tumores malignos e a causa pode ser os traumas físicos. Raros são a criança ou o adolescente que não praticam algum tipo de atividade física e se machucam. Os traumas fragilizam o osso, o que pode facilitar o surgimento de tumor. “Se a dor persistir por mais de 15 dias, é melhor procurar um médico”, orienta.

Entre as doenças que coletou, ela cita algumas raras ou específicas do brasileiro, como o fungo paracoccidioidomicose, que foi descoberto aqui, justamente o país onde se registra a maior incidência no mundo. Ele provoca uma lesão óssea na articulação que, se tratada, não causa consequências graves. Para continuar abastecendo seu banco de registros, Ierecê faz uma reunião por semana com radiologistas, patologistas e ortopedistas para discutir um caso. Agora, ela pretende inaugurar o primeiro site sobre doenças ósseas do País. A longo prazo, a médica espera publicar seu estudo, com diagnóstico e tratamento para as principais doenças.

Dr. Cláudio Arthur Pimentel de Lemos e Dra. Ierecê, dois grandes amigos !!!


Grimado Carvalho tem vários livros publicados como livros de citopatologia com livros de contos; " Sozinho " " O Honorável José Honório " , livros para crianças etc.
É uma pessoa maravilhosa, sempre de bom humor, brincalhão e um excelente citopatologista.
É um grande amigo !!!
Leila disse...

Além de tudo que foi dito sobre o Dr. Grimaldo, cabe acrescentar que é um homem que atende a todos que o procuram com a maior boa vontade e sem visar recompensa financeira, o que é raro hoje em dia. Parabéns Dr. Grimaldo, é de pessoas assim que precisamos.

23 de Abril de 2007 12:56

Podres Poderes - Caetano Veloso


Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Motos e fuscas avançam os sinais vermelhos
E perdem os verdes
Somos uns boçais
Queria querer gritar setecentas mil vezes
Como são lindos, como são lindos os burgueses
E os japoneses
Mas tudo é muito mais
Será que nunca faremos senão confirmar
A incompetência da América Católica
Que sempre precisará de ridículos tiranos?
Será será que será que será que erá
Será que esta minha estúpida retórica
Terá que soar, terá que se ouvir
Por mais zil anos?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Índios e padres e bichas, negros e mulheres
E adolescentes
Fazem o carnaval.
Queria querer cantar afinado com eles
Silenciar em respeito ao seu transe, num êxtase
Ser indecente mas tudo é muito mau
Ou então cada paisano cada capataz
Com sua burrice fará jorrar sangue demais
Nos pantanais, nas cidades, caatingas
E nos gerais.
Será que apenas os Hermetismos Pascoais
E os tons e os mil tons, seus sons e seus dons geniais
Nos salvam, nos salvaram dessas trevas
E nada mais?
Enquanto os homens exercem seus podres poderes
Morrer e matar de fome, de raiva e de sede
São tantas vezes gestos naturais
Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo
Daqueles que velam pela alegria do mundo
Indo mais fundo
Tins e bens e tais

sexta-feira, 20 de abril de 2007

PRIMAVERA (TIM MAIA)

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
quando outono voltar
Eu Que eu quero estar junto a ti
Porque (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo meu amor

Trago esta rosa (para te dar)

Trago esta rosa (para te dar)

Trago esta rosa (para te dar)

Meu amor...


Hoje o céu está tão lindo (vai chover)

Hoje o céu está tão lindo (vai chover)

Você! (Tim Maia)


Você é algo assim
É tudo pra mim
É como eu sonhava Baby

Você é mais do que sei
É mais que pensei
É mais que eu esperava Baby

Sou feliz agora
Não,não vá embora não
Não,não,não,não

Vou morrer de saudade
Vou morrer de saudade

Azul da Cor do Mar (Tim Maia)

Ah ... se o mundo inteiro
Me pudesse ouvir
Tenho muito pra contar
Dizer que aprendi
E ... na vida a gente
tem que entender
Que um nasce pra
sofrer
Enquanto o outro ri

Mas ... quem sofre
sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
razão para viver
E ter ... na vida algum
motivo pra sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar
Eu sempre disse que você
poderia contar
Com meu ombro amigo
Pra te ajudar, a vida ensina
E também guarda segredos
Mas só desvenda os que
nunca tem medo
De levantar e gritar bem alto
E começar de novo
Deixe o azul do mar
Invadir todo o seu corpo
Me dê a sua mão e respire
bem fundo
Vamos seguir sem rumo e
abraçar o mundo
Mas ... quem sofre
sempre tem que procurar
Pelo menos vir achar
razão para viver
E ter ... na vida algum
motivo pra sonhar
Ter um sonho todo azul
Azul da cor do mar...

BIOGRAFIA


Sebastião Rodrigues Maia, simplesmente Tim Maia. Nasceu no dia 28 de setembro de 1942, na cidade do Rio de Janeiro.
Em 1957 formou o conjunto Os Sputniks, que tinha também como integrantes Roberto e Erasmo Carlos.
Em 1959 foi para os EUA, onde aprendeu a língua inglesa e iniciou sua carreira como vocalista, participando de um conjunto chamado The Ideals.
Em 1963, Tim Maia foi detido, por transportar maconha, sendo deportado para o Brasil após seis meses de detenção.
No ano de 1968 gravou seu primeiro compacto simples com músicas de sua autoria, intituladas Meu País e Sentimentos e, em 1970, gravou pela Polygram seu primeiro LP, que lhe garantiu sucesso absoluto de vendagem e execução, com as músicas Coronel Antônio Bento (de Luís Wanderley e João do Vale,) Primavera (de Cassiano) e Azul da cor do mar (de sua autoria).
Na década de setenta, devido a problemas com as gravadoras, fundou seu próprio selo, primeiramente com o nome de Seroma e depois Vitória Regia.
Criou grandes sucessos, como Não quero dinheiro... Só Quero Amar, Réu Confesso, Leva, Sossego, Vale Tudo, Você, Essa Tal Felicidade, Do Leme ao Pontal, Acenda o Farol, Chocolate, Não Me Iludo Mais, entre outros, e teve também muitas de suas músicas gravadas por grandes artistas, como Sandra de Sá, Paralamas do Sucesso, Marisa Monte, Skank, entre outros.
Na década de noventa aumentou sua produtividade, gravando mais de um disco por ano, e ampliou seu repertório com bossa nova, canções românticas, funks e souls.
Tim deu um brilho todo especial em todas as suas interpretações, ao incorporar o soul negro americano ao seu som, de uma maneira tão natural, popular e acima de tudo brasileira, que o consagrou na história da nossa música.
Tim Maia morreu no dia 15 de março de 1998, vítima de infecção generalizada.

quinta-feira, 19 de abril de 2007

ALMIR CHEDIAK


Almir Chediak nasceu em 1950, no Rio de Janeiro. Aos 13 anos, ele já tocava violão. Depois de ter estudado com Dino Sete Cordas, ele também foi aluno de Jodacil Damasceno e Ian Guest. No Centro Musical Almir Chediak, escola dirigida por ele, Chediak teve alunos ilustres como Tim Maia, Gal Costa e Elba Ramalho, Lobão, Noemia Hime, entre outros.

Em 1984, Almir Chediak entrou no mercado editorial, lançando o Dicionário de acordes cifrados. Três anos depois, ele fundou a Lumiar, sua própria editora, que tornou-se sinônimo de publicação de songbooks.

Foi brutalmente assassinado aos 52 anos.

BIOGRAFIA

13/10/1949

Cearense de Orós, aos 5 anos ganhou um concurso infantil na rádio local. Na adolescência formou grupos musicais vocais e instrumentais e começou a compor suas próprias músicas.

Venceu em 1968 o IV Festival de Música Popular do Ceará com a música "Nada Sou", parceria sua e de Marcus Francisco. Tornou-se popular no estado e juntou-se a outros compositores cearenses como Belchior, Rodger Rogério, Ednardo e Ricardo Bezerra.

Mudou-se para Brasília em 1971, classificando-se em primeiro lugar no Festival de Música Popular do Centro de Estudos Universitários de Brasília com "Mucuripe" (com Belchior). Ainda em 71 foi para o Rio de Janeiro, onde Elis Regina gravou "Mucuripe", que se tornou o primeiro sucesso de Fagner como compositor e também como cantor, pois gravou a mesma música em um compacto da série Disco de Bolso, que tinha, do outro lado, Caetano Veloso interpretando "Asa Branca".

O primeiro LP, "Manera, Fru-fru, Manera", veio em 1973 pela Philips, incluindo "Canteiros", um de seus maiores sucessos, música sobre poesia de Cecília Meireles. Mais tarde fez a trilha sonora do filme "Joana, a Francesa", que o levou à França, onde teve aulas de violão flamenco e canto.

De volta ao Brasil, lança outros LPs na segunda metade dos anos 70, combinando um repertório romântico a partir de "Raimundo Fagner", de 1976, com a linha nordestina de seu trabalho. Ao mesmo tempo grava músicas de sambistas, como "Sinal Fechado", de Paulinho da Viola.

Outros trabalhos, como "Orós", disco que teve arranjos e direção musical de Hermeto Pascoal, demonstram uma atitude mais vanguardista e menos preocupada com o sucesso comercial.

Nas décadas de 80 e 90 seus discos se dividem entre o romântico e o nordestino, incluindo canções em trilhas de novelas e tornando Fagner um cantor conhecido em todo o país, intérprete e compositor de enormes sucessos, como "Ave Noturna" (com Cacá Diegues), "Astro Vagabundo" (com Fausto Lindo), "Última Mentira" (com Capinam), "Asa Partida" (com Abel Silva), "Corda de Aço" (com Clodô), "Cavalo Ferro" (com Ricardo Bezerra), "Fracassos", "Revelação" (Clodô/ Clésio) "Pensamento", "Guerreiro Menino" (Gonzaguinha), "Deslizes" (Sullivan/ Massadas) e "Borbulhas de Amor".

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Fagner - Borbulhas De Amor (Fagner)









Tenho um coração
Dividido entre a esperança e a razão
Tenho um coração
Bem melhor que não tivera

Esse coração
Não consegue se conter ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura

Quem dera ser um peixe
Para em teu límpido aquário mergulhar
Fazer borbulhas de amor pra te encantar
Passar a noite em claro
Dentro de ti

Um peixe
Para enfeitar de corais tua cintura
Fazer silhuetas de amor à luz da lua
Saciar esta loucura
Dentro de ti

Canta, coração
Que esta alma necessita de ilusão
Sonha, coração
Não te enchas de amargura

Esse coração
Não consegue se conter ao ouvir tua voz
Pobre coração
Sempre escravo da ternura

Uma noite
Para unirnos até o fim
Cara a cara, beijo a beijo
E viver para sempre
Dentro de ti

Fagner - Oração De São Francisco























Senhor, fazei-me instrumento da vossa paz

Onde houver ódio, que eu leve o amor
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão
Onde houver discórdia, que eu leve a união
Onde houver dúvida, que eu leve a fé
Onde houver erro, que eu leve a verdade
Onde houver desespero, que eu leve a esperança
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó mestre, fazei que eu procure mais consolar do que
ser consolado
Compreender do que ser compreendido
Amar que ser amado
Pois, é dando que se recebe
É perdoando que se é perdoado;
E morrendo que se vive
Para a vida eterna

terça-feira, 17 de abril de 2007

Deus lhe Pague Chico Buarque


Chico Buarque - Deus lhe Pague


Por esse pão pra comer, por esse chão pra dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir
Deus lhe pague

Pelo prazer de chorar e pelo "estamos aí"
Pela pida no bar e o futebol pra aplaudir
Um crime pra comentar e um samba pra distrair
Deus lhe pague

Por essa praia, essa saia, pelas mulheres daqui
O amor malfeito depressa, fazer a barba e partir
Pelo domingo que é lindo, novela, missa e gibi
Deus lhe pague

Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça, desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes, pingentes, que a gente tem que cair
Deus lhe pague

Por mais um dia, agonia, pra suportar e assistir
Pelo rangido dos dentes, pela cidade a zunir
E pelo grito demente que nos ajuda a fugir
Deus lhe pague

Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscar-bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir
Deus lhe pague

O VELHO (CHICO BUARQUE)


O VELHO SEM CONSELHO
DE JOELHOS,DE PARTIDA
CARREGA COM CERTEZA TODO O PESO DESSA VIDA
ENTAO EU LHE PERGUNTO PELO AMOR
A VIDA INTEIRA DIZ QUE SE GUARDOU
DO CARNAVAL,DA BRINCADEIRA QUE ELE
NAO BRINCOU
ME DIGA AGORA O QUE E QUE EU DIGO AO POVO
O QUE E QUE TEM DE NOVO PRA DEIXAR
NADA SO A CAMINHADA LONGA
PRA NENHUM LUGAR O VELHO DE PARTIDA
DEIXA A VIDA SEM SAUDADE
SEM DIVIDA,SEM SALDO
SEM RIVAL OU AMIZADE
ENTAO EU LHE PERGUNTO PELO AMOR
ELE ME DIZ QUE SEMPRE SE ESCONDEU
NAO SE COMPREMETEU E NUNCA SE ENTREGOU
ME DIGA AGORA O QUE E QUE EU DIGO AO POVO
O QUE E QUE TEM DE NOVO PRA DEIXAR
NADA E EU VEJO A TRISTE ESTRADA
ONDE UM DIA EU VOU PARAR
O VELHO VAI SE AGORA
VAI SE EMBORA SEM BAGAGEM
NAO SABE PRA QUE VEIO
FOI PASSEIO,FOI PASSAGEM
ENTAO EU LHE PERGUNTO PELO AMOR
ELE ME E FRANCO MOSTRA UM VERSO MANCO
DE UM CADERNO EM BRANCO
QUE JA SE FECHOU
ME DIGA AGORA O QUE E QUE EU DIGO AO POVO
O QUE E QUE TEM DE NOVO PRA DEIXAR
NAO FOI TUDO ESCRITO EM VAO
EU LHE PECO PERDAO
MAS NAO VOU LAMENTAR
NAO VOU LASTIMAR
D:


O VELHO SEM CONSELHO
DE JOELHOS,DE PARTIDA
CARREGA COM CERTEZA TODO O PESO DESSA VIDA
ENTAO EU LHE PERGUNTO PELO AMOR
A VIDA INTEIRA DIZ QUE SE GUARDOU
DO CARNAVAL,DA BRINCADEIRA QUE ELE
NAO BRINCOU
ME DIGA AGORA O QUE E QUE EU DIGO AO POVO
O QUE E QUE TEM DE NOVO PRA DEIXAR
NADA SO A CAMINHADA LONGA
PRA NENHUM LUGAR O VELHO DE PARTIDA
DEIXA A VIDA SEM SAUDADE
SEM DIVIDA,SEM SALDO
SEM RIVAL OU AMIZADE
ENTAO EU LHE PERGUNTO PELO AMOR
ELE ME DIZ QUE SEMPRE SE ESCONDEU
NAO SE COMPREMETEU E NUNCA SE ENTREGOU
ME DIGA AGORA O QUE E QUE EU DIGO AO POVO
O QUE E QUE TEM DE NOVO PRA DEIXAR
NADA E EU VEJO A TRISTE ESTRADA
ONDE UM DIA EU VOU PARAR
O VELHO VAI SE AGORA
VAI SE EMBORA SEM BAGAGEM
NAO SABE PRA QUE VEIO
FOI PASSEIO,FOI PASSAGEM
ENTAO EU LHE PERGUNTO PELO AMOR
ELE ME E FRANCO MOSTRA UM VERSO MANCO
DE UM CADERNO EM BRANCO
QUE JA SE FECHOU
ME DIGA AGORA O QUE E QUE EU DIGO AO POVO
O QUE E QUE TEM DE NOVO PRA DEIXAR
NAO FOI TUDO ESCRITO EM VAO
EU LHE PECO PERDAO
MAS NAO VOU LAMENTAR
NAO VOU LASTIMAR

VOCÊ

Mucuripe (Raimundo Fagner/Belchior)

Mucuripe


    (Raimundo Fagner/Belchior)

As velas do Mucuripe
Vão sair para pescar
Vou levar as minhas mágoas
Pras águas fundas do mar
Hoje à noite, namorar
Sem ter medo da saudade
Sem vontade de casar
Calça nova de riscado,
Paletó de linho branco
Que até o mês passado
Lá no campo inda era flor
Sob o meu chapéu quebrado
O sorriso ingênuo e franco
De um rapaz novo, encantado
Com vinte anos de amor
Aquela estrela é dele,
Vida, vento, leva-me... daqui

Minha História (Chico Buarque)

Minha História


    (Chico Buarque)

Ele vinha sem muita conversa, sem muito explicar
Eu só sei que falava e cheirava e gostava de mar
Sei que tinha tatuagem no braço e dourado no dente
E minha mãe se entregou a esse homem perdidamente

Ele assim como veio partiu não se sabe pra onde
E deixou minha mãe com o olhar cada dia mais longe
Esperando, parada, pregada na pedra do porto
Com seu único velho vestido cada dia mais curto LINDO !!!

Quando enfim eu nasci minha mãe embrulhou-me num manto
Me vestiu como se fosse assim uma espécie de santo
Mas por não se lembrar de acalantos, a pobre mulher
Me ninava cantando cantigas de cabaré

Minha mãe não tardou a alertar toda a vizinhança
A mostrar que ali estava bem mais que uma simples criança
E não sei bem se por ironia ou se por amor
Resolveu me chamar com o nome do Nosso Senhor

Minha história é esse nome que ainda hoje carrego comigo
Quando vou bar em bar, viro a mesa, berro, bebo e brigo
Os ladrões e as amantes, meus colegas de copo e de cruz
Me conhecem só pelo meu nome Menino Jesus

Meu Primeiro Amor (Herminio Gimenez/José Fortuna/Pinheirinho Jr.)

Meu Primeiro Amor


    (Herminio Gimenez/José Fortuna/Pinheirinho Jr.)

Saudade, palavra triste
Quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida
Eu vou chorando a minha dor
Igual uma borboleta
Vagando triste por sobre a flor
Seu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz deste sofredor
Que implora por teus carinhos
Só um pouquinho do seu amor

Meu primeiro amor
Tão cedo acabou
Só a dor deixou
Neste peito meu
Meu primeiro amor
Foi como uma flor
Que desabrochou
E logo morreu

Nesta solidão
Sem ter alegria
O que me alivia LINDO !!!
São meus tristes ais
São prantos de dor
Que dos olhos caem
É porque bem sei
Quem eu tanto amei
Não verei jamais

MANINHA (CHICO BUARQUE)

MANINHA

Composição: Chico Buarque de Hollanda
Interpretação: Chico Buarque de Hollanda e Miúcha


Se lembra da fogueira

Se lembra dos balões
Se lembra dos luares dos sertões
A roupa no varal
Feriado nacional
E as estrelas salpicadas nas canções
Se lembra quando toda modinha
Falava de amor
Pois nunca mais cantei, ó maninha
Depois que ele chegou

Se lembra da jaqueira
A fruta no capim
O sonho que você contou pra mim
Os passos no porão
Lembra da assombração
E das almas com perfume de jasmim
Se lembra do jardim, ó maninha
Coberto de flor
Pois hoje só dá erva daninha
No chão que ele pisou

Se lembra do futuro
Que a gente combinou
Eu era tão criança e ainda sou
Querendo acreditar
Que o dia vai raiar
Só porque uma cantiga anunciou
Mas não me deixe assim, tão sozinho
A me torturar
Que um dia ele vai embora, maninha
Pra nunca mais voltar


Lembro-me de muitas coisas e tenho
saudades.
Lembro-me do quintal, do galinheiro,
dos pintinhos, que os gatos corriam atrás,
Lembro-me de brincas na terra,
Lembro-me de deitar no chão, e olhar as
aves em " V " e eu perguntava - vai chover
urubú ? se elas batessem assas é que iria chover.
Lembro-me de ter machucado o teu dedinho no portão,
Lembro-me do veludo, nosso cachorro, do gatinho chimbica,
Lembro-me, quando queríamos dar banho no veludo, mas como
não tínhamos altura para chegar no tanque, colocamos o
pequenino no ralo
e levamos uma palmada cada um - dormimos a tarde inteira.
Lembro-me do sorver esquibom, da pipoca,do padeiro,
chegando sempre nahora do almoço.
Lembro-me da escolhinha, onde eu chorava cada música
que tocavam.
Enfim, lembro-me de tanta coisa que agora esqueci...

segunda-feira, 16 de abril de 2007


Marmelada de banana
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
Rios de prata piratas
Vôo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-pau Amarelo (bis)

como me diverti com vocês.................................Noemia Hime


MONTEIRO LOBATO



Que saudades de você, nossa !!!!!!!!!!!!!

MONTEIRO LOBATO



MONTEIRO LOBATO

MONTEIRO LOBATO

Escritor: 1882 - 1948


Monteiro Lobato, retrato

SÍTIO DO PICAPAU AMARELO: O REFÚGIO SONHADO POR TODAS AS CRIANÇAS

QUANDO TUDO ACONTECEU...

O maior escritor infantil brasileiro de todos os tempos, José Bento Monteiro Lobato, nasceu em 18 de abril de 1882, em Taubaté (SP). Cresceu numa fazenda, se formou em direito sem nenhum entusiasmo, já que sempre quis ser pintor! Desenhava bem! Quando estudante, participou do grupo "O Cenáculo" e entre risadas e leituras insaciáveis, escreveu crônicas e artigos irreverentes. - Em 1907 foi para Areias como promotor público, casou com Maria Pureza com quem teve três filhos. Entediado com a vida numa cidade pequena, escreveu prefácios, fez traduções, mudou para a fazenda Buquira, tentou modernizar a lavoura arcaica, criou o polêmico "Jeca Tatu", fez uma imensa e acalentada pesquisa sobre o SACI publicada no Jornal O Estado de São Paulo. - Em 1918 lançou, com sucesso, seu primeiro livro de contos URUPÊS. Fundou a Editora Monteiro Lobato & Cia, melhorando a qualidade gráfica vigente, lançando autores inéditos e chegando à falência. - Em 1920 lançou A MENINA DO NARIZ ARREBITADO, com desenhos e capa de Voltolino, conseguindo sua adoção em escolas e uma edição recorde de 50.000 exemplares. - Fundou a Cia Editora Nacional no Rio de Janeiro. Convidado pra ser adido comercial em New York ficou lá por 4 anos (de 1927 a 1931) fascinado por Henry Ford, pela metalurgia e petróleo. Perdeu todo seu dinheiro no crash da bolsa. - Voltou para o Brasil, se jogou na Campanha do Petróleo, fazendo conferências, enviando cartas, conscientizando o país inteiro da importância do óleo. Percebeu, então, o quanto era conhecido e popular. Foi preso! Alternou entusiasmo e depressão com o Brasil. - Participou da Editora Brasiliense, morou em Buenos Aires, foi simpatizante comunista, escreveu para crianças ininterruptamente e com sucesso estrondoso, traduziu muito e teve suas obras traduzidas. - Morreu em 4 de julho de 1948 dum acidente vascular. - Suas obras completas são constituídas por 17 volumes dirigidos às crianças e 17 para adultos englobando contos, ensaios, artigos e correspondência.


SÍTIO DO PICAPAU AMARELO: O REFÚGIO SONHADO POR TODAS AS CRIANÇAS









© Ana Almeida 2001

Bom pra não fazer nadinha de nada !!!

O TEMPO PASSA

A imagem “http://anid.blog.simplesnet.pt/archive/O%20tempo%20tambem%20passa.JPG” contém erros e não pode ser exibida.

BIOGRAFIA


Quando GAL COSTA nasceu, no dia 26 de setembro de 1945, o mundo festejava o começo de um período histórico repleto de perspectivas otimistas, mudanças de comportamento, alterações culturais e avanços políticos. A Segunda Guerra Mundial, que embaralhou por seis anos os podres poderes das grandes potências, deixando um saldo de milhões de mortos, havia acabado 24 dias antes com a rendição oficial do Japão.
Gracinha, Gau, Maria da Graça, 15 anos. Nas festinhas, a adolescente retraída empunhava o violão e cantava as canções da época. Evidenciava-se, lentamente, a sua vocação de cantora. A cidade de Salvador fervilhava de idéias vanguardistas. Brasília era inaugurada, as rádios tocavam João Gilberto em Chega de Saudade, Martim Gonçalves dirigia a Escola de Teatro, os soviéticos lançavam ao espaço o Sputinik 4: o futuro parecia próximo e moderno. John Kennedy vencia as eleições nos Estados Unidos, Gláuber Rocha estreava como diretor em Barravento, Roberto Pires acabara de filmar A Grande Feira e Elvis Presley avisava: It´s Now or Never. O mundo perdia a inocência da década anterior.

A voz possante de Angela Maria e os trinados de Dalva de Oliveira deixavam, aos poucos, de seduzir a adolescente Maria da Graça Costa Penna Burgos. Ela agora se convertia aos acordes dissonantes do primeiro LP de Carlos Lyra, cuja contracapa, assinada por Ary Barroso, registrava pela primeira vez o termo "música popular brasileira".
Maria Bethânia, indicada por Nara Leão, chegava ao Rio de Janeiro para estrelar o show Opinião. Vinha acompanhada pelo irmão, compositor e estudante de filosofia, chamado Caetano Veloso. A voz de Bethânia logo causaria estrondo, virando talk of the town e gerando contrato para a gravação imediata do primeiro disco. O LP, com contracapa assinada por Caetano, trazia na última faixa do lado A a participação -- afinadíssima e desconhecida -- da cantora Maria da Graça. A canção, Sol Negro é o marco zero da discografia de Gal Costa. Ainda com o nome de Maria da Graça, ela gravaria em seguida o compacto com Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, Foi Você, de Caetano. Maria Bethânia, indicada por Nara Leão, chegava ao Rio de Janeiro para estrelar o show Opinião. Vinha acompanhada pelo irmão, compositor e estudante de filosofia, chamado Caetano Veloso. A voz de Bethânia logo causaria estrondo, virando talk of the town e gerando contrato para a gravação imediata do primeiro disco. O LP, com contracapa assinada por Caetano, trazia na última faixa do lado A a participação -- afinadíssima e desconhecida -- da cantora Maria da Graça. A canção, Sol Negro é o marco zero da discografia de Gal Costa. Ainda com o nome de Maria da Graça, ela gravaria em seguida o compacto com Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, Foi Você, de Caetano.
Eduardo Logullo

Gal Costa - As Rosas Não Falam ( Cartola)


Gal Costa - As Rosas Não Falam
Cartola
Bate outra vez
Com esperanças o meu coração
Pois já vai terminando o verão enfim

Volto ao jardim
Com a certeza que devo chorar
Pois bem sei que não queres voltar para mim

Queixo-me às rosas, mas que bobagem
As rosas não falam
Simplesmente as rosas exalam
O perfume que roubam de ti

Devias vir
Para ver os meus olhos tristonhos
E, quem sabe, sonhava meus sonhos
Por fim

Gal Costa - Índia










Gal Costa - Índia
Índia, seus cabelos nos ombros caídos                             
Negros como a noite que não tem luar
Seus lábios de rosa, para mim, sorrindo

E a doce meiguice desse seu olhar
Índia da pele morena

Sua boca pequena eu quero beijar

Índia, sangue tupi, tem o cheiro da flor

Vem, eu quero lhe dar

Todo o meu grande amor

Quando eu for embora para bem distante

E chegar a hora de dizer-lhe adeus

Fique nos meus braços só mais um instante

Deixa os meus lábios se unirem aos seus

Índia, levarei saudade

Da felicidade que você me deu

Índia, a sua imagem sempre comigo vai

Gal Costa - Sua Estupidez










Meu bem, meu bem
Você tem que acreditar em mim
Ninguém pode destruir assim
Um grande amor
Não dê ouvidos a maldade alheia
E creia:
Sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo

Meu bem, meu bem
Use a inteligência uma vez só
Quantos idiotas vivem só
Sem ter amor
E você vai ficar também sozinha
E eu sei porquê
Sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo

Quantas vezes eu tentei falar
Que no mundo não há mais lugar
Pra quem toma decisões na vida
Sem pensar
Conte ao menos até três
Se precisar conte outra vez
Mas pense outra vez
Meu bem, meu bem, meu bem
Eu te amo

Meu bem, meu bem
Sua incompreensão já é demais
Nunca vi alguém tão incapaz
De compreender
Que o meu amor é bem maior
Que tudo que existe
Mas, sua estupidez não lhe deixa ver
Que eu te amo

domingo, 15 de abril de 2007

VOCÊ / ROBERTO CARLOS



























Fernando de Noronha, um lugar ainda não devastado
pelo homem.
Na segunda foto, também em Fernando de Noronha. Sem
barulho da cidade, sem carros,sem gente - um paraíso. Só ocheiro da maresia, e o bater das ondas na praia. Ao fundo a restinga está preservada.
Noemia Hime