sábado, 7 de junho de 2008

AMIGO É CASA DVD / SIMONE - ZÉLIA DUNCAN




Amigo é Casa DVD

Simone - Zélia Duncan

Apresentação
Faixas
Ficha Técnica

Apresentação



CONHEÇA O HOTSITE - Amigo é Casa, clique aqui.

Amigo é Casa - Simone e Zélia Duncan

“A amizade é uma predisposição recíproca que torna dois seres igualmente ciosos da felicidade um do outro”

A afirmativa de Platão resume a imagem inicial deste Amigo é Casa: com Alguém Cantando (Caetano Veloso), duas amigas sobem ao palco para cantar o encontro. A partir daí, as coisas parecem brotar muito natural, instintivamente. As memórias, os caminhos trilhados por uma e por outra, o que ainda não veio, as convergências e as distinções, tudo está ali bem delineado. E através da auto-reflexão, Simone e Zélia vão desnudando os meandros de uma afinidade artística que ganha ecos na simbiose das vozes, que harmonizam em uníssono. As diferenças, muitas, saltam e ressaltam justamente as similitudes. Explica Simone: - Esse encontro musical aconteceu em 2005, quando Zélia estava produzindo o cd Timoneiro, do Hermínio Bello de Carvalho, uma pessoa importantíssima na minha vida. A partir daí, começamos a conversar, trocar idéias para produzir um próximo cd. Em seguida, ela mandou Idade do Céu (Jorge Drexler / Moska) guardada para o próximo trabalho, mas ofereceu a música para mim. Achei de uma generosidade tão grande, um gesto nobre. Aí a convidei a participar do cd dvd Simone Ao Vivo, na canção do Drexler e em Não Vá Ainda (parceria de Zélia com Christian Oyens).

Na seqüência, em 2006, ambas foram convidadas a dividir o palco no projeto Tom Acústico, com shows no Rio e em São Paulo. Surgia, então, o embrião deste Amigo é Casa. Assim, em outubro do ano passado, Simone e Zélia subiram ao palco do Auditório Ibirapuera, com cenografia e iluminação criados especialmente para a ocasião, para registrar o encontro que sai agora em cd e dvd pela Biscoito Fino. O próprio repertório sofreu ajustes para este novo show:

- O ponto mais relevante do trabalho é justamente o repertório e a alegria em realizá-lo. É um show pensado para a dupla. As cantoras abrem vozes, dividem as canções, oitenta por cento do show é feito com as duas artistas no palco. Várias canções, como Meu Ego (Roberto e Erasmo), Gatas Extraordinárias, Alguém Cantando (ambas de Caetano), Grávida (Marina / Arnaldo Antunes), Agito e Uso (Ângela Rô Rô), e Ralador (Roque Ferreira), nunca foram cantadas antes por nenhuma das duas. O prazer musical desse encontro está todo retratado ali, de forma sincera e visível. São duas solistas por excelência, que têm imenso prazer em cantar juntas. São 19 músicas cantadas juntas! O que prova que é um show para a dupla, mais do que para as solistas! – define Zélia.

Os momentos individuais são bastante equilibrados. Enquanto Zélia apresenta influências (numa referência à própria parceira de cena em Na Próxima Encarnação, de Itamar Assunção) e canções quase inéditas como Kitnet ( Alzira E / Arruda) e A Companheira (Luiz Tatit), Simone relembra clássicos que compõem a trilha sonora das vidas de muitos de nós, como Diga Lá, Coração (Gonzaguinha), Medo de Amar Nº 2 (Sueli Costa / Abel Silva), ambas de 78, e Encontros e Despedidas (Milton Nascimento / Fernando Brant), de 81. Há, ainda, momentos em que interpretam canções que têm a ver com suas respectivas trajetórias, sempre muito integradas ao conceito dupla. As já citadas Idade do Céu e Não Vá Ainda, além de Mar e Lua (Chico Buarque), Jura Secreta (também de Sueli Costa e Abel Silva), Tô Voltando (Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro) e do díptico Alma (Sueli Costa / Abel Silva) e Alma (Arnaldo Antunes / Pepeu Gomes) são belos exemplos.

O título destes cd dvd foi extraído da canção homônima de Hermínio Bello de Carvalho e Capiba, que traz os versos: “Amigo é feito casa que se faz aos poucos e com paciência pra durar pra sempre. Mas é preciso ter muito tijolo e terra, preparar reboco, construir tramelas”. Amigo é Casa é uma ode ao encontro, ao amor de amigo, sentimento este que nunca foi muito discutido na composição, ao contrário do amor dual, romântico, que permeia todo o nosso cancioneiro. A amizade que Simone e Zélia nos apresentam coaduna os preceitos de Platão, de Hermínio Bello de Carvalho, de Milton Nascimento (amigo é coisa pra se guardar...)...despem-se das várias diferenças estético-artísticas que há entre elas e apresentam um canto coeso, honesto e potencializador das semelhanças: as vozes cálidas e a liberdade de passear por vários gêneros e estilos musicais, sem se ater a classificações ou amarras ao longo de suas respectivas carreiras, nos faz questionar por que esta casa não foi gerada antes. A amizade tem mesmo uma cronologia peculiar.

Sidimir Sanches

O roteiro é de Zélia e Simone. Andréa Zeni assina a direção geral e a cenografia do show. A direção musical é de Bia Paes Leme, e a do dvd, de Joana Mazuqueli. Nos extras, um bate papo com Simone, Zélia, Bia Paes Leme, Hermínio Bello de Carvalho e Cristóvão Bastos.

Informações para a Imprensa:
Sidimir Sanches – 21- 22669300 – sidimir@biscoitofino.com.br
Thays Souza – 21- 22669300 – tsouza@biscoitofino.com.br



Faixas

01 Alguém Cantando (Caetano Veloso)



02 Petúnia Resedá (Gonzaguinha)



03 Grávida (Marina Lima / Arnaldo Antunes)



04 Mar e Lua (Chico Buarque)



05 Kitnet (Alzira E / Arruda)



06 Cuide-se Bem (Guilherme Arantes)



07 Na Próxima Encarnação (Itamar Assumpção)



08 A Companheira (Luiz Tatit)



09 Mãos Atadas (Simone Saback)



10 Meu Ego (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)



11 Idade do Céu (Jorge Drexler / Paulinho Moska)



12 Idade do Céu (Jorge Drexler / Paulinho Moska)



13 Existe um Céu (Francis Hime / Geraldo Azevedo)



14 Diga lá, Coração (Gonzaguinha)



15 Encontros e Despedidas (Milton Nascimento / Fernando Brant)



16 Vou Ficar Nu pra Chamar sua Atenção (Roberto Carlos / Erasmo Carlos)



17 Gatas Extraordinárias (Caetano Veloso)



18 Vento Nordeste (Sueli Costa / Abel Silva)



19 Então me Diz (Damien Rice / Zélia Duncan)



20 Ralador (Roque Ferreira / Paulo César Pinheiro)



21 Alma (Sueli Costa / Abel Silva)



22 Alma (Arnaldo Antunes / Pepeu Gomes)



23 Agito e Uso (Ângela Roro)



24 Não Vá Ainda (Christian Oyesn / Zélia Duncan)



25 Jura Secreta (Sueli Costa / Abel Silva)



26 Tô Voltando (Maurício Tapajós / Paulo César Pinheiro )




Ficha Técnica



SHOW

Roteiro: Zélia Duncan e Simone
Direção Geral e Cenário: Andrea Zeni
Direção Musical e Produção Musical: Bia Paes Leme

MÚSICOS

Walter Villaça: Violão de aço, viola de 10 e guitarra semi-acústica
Webster Santos: violões, guitarra, cavaco, bandolim e lap-steal
Léo Brandão: pianos, teclados e acordeom
Ézio Filho: baixo vertical, baixo elétrico e agogô
Jadna Zimmermann: percussão, bateria e flauta
Carlos César: bateria, pandeiro, moringa e zabumba

Iluminação: Rogério Wiltgen
Técnicos de Monitor e PA: Beto Fernandes e Carlos Pedruzzi
Roadies: Sérgio Henrique e Reginaldo Ferreira
Cenotécnicos: Renan Lima e Fábio Meneses
Produção Executiva: Marília Aguiar, Patrícia Albuquerque e Marcelo Alves.
Coordenação Geral de Produção: Denise Costa - Duncan Produções


UMA REALIZAÇÃO BISCOITO FINO

Direção Geral: Kati Almeida Braga
Direção Artística: Olivia Hime
Gerência de Produção: Martinho Filho
Assistente de Produção: Maria Portugal

Estúdio de Masterização: Visom Digital
Gravado por Gabriel Pinheiro
Assistente de gravação: Gustavo Krebs
Unidade Móvel: Gabi Som
Técnicos de Áudio: Marcos Possato e Vander Reis
Mixado por Bia Paes Leme e Gabriel Pinheiro no estúdio Biscoito Fino
Assistentes de estúdio: Gustavo Krebs e Vinícius Kede
Masterizado por Luiz Tornaghi - Visom Digital

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Pablo Milanes "El amor de mi vida"

AMOR (Pablo Milanés)

La novia que nunca tuve - Ricardo Arjona y Pablo Milanes



La novia que nunca tuve


La gloria como una nube
desaparece si miras otra vez
la fama va envileciendo
ese pedazo intacto que queda de ti
y ni siquiera el poder será
capaz de neutralizar
lo que se puede encontrar
bajo una risa feliz
y un sentimiento espiritual
que te aguardan para hacerte
bueno hasta el final.

Las cosas que nunca tuve
son tan sencillas
como irlas a buscar...

Tuve un árbol pero se secó
tuve un niño y entre mis manos creció
tuve un libro pero envejeció
el tiempo se llevó
toda la inocencia que al nacer les dio.

Las cosas que nunca tuve
son tan sencillas
como irlas a buscar...

Por eso cuando te miro
ya sin ninguna duda
creo adivinar
que estoy a un paso de la verdad
cuando presiento que sé
lo que se puede encontrar
bajo esa risa feliz y un sentimiento espiritual
que me aguardan para hacerme bueno hasta el final.

La novia que nunca tuve,
el primer amor
que siempre soñé...

TORCIDA TRICOLOR

ANUNCIAÇÃO TRICOLOR // TORCIDA DO FLU



Meu coração acelera
Vendo o Maraca cantar
Meu Fluminense escuta teu povo
Que veio te apoiar
Tricolor em toda terra
Amor igual não se viu
Canta feliz a torcida do clube
Mais amado do Brasil

quinta-feira, 5 de junho de 2008

MEU TIMÃO, MEU FLU.




Sou tricolor de coração,
sou do clube tantas vezes campeão!
Fascina pela sua disciplina,
o Fluminense me domina,
eu tenho amor pelo Tricolor!
Salve o querido pavilhão
das três cores que traduzem tradição,
a paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte, pelo esporte,
eu sou é Tricolor!

Vence o Fluminense,
com o verde da esperança,
pois quem espera sempre alcança!
Clube que orgulha o país,
retumbante de glórias
e vitórias mil!


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Sou tricolor de coração,
sou do clube tantas vezes campeão!
Fascina pela sua disciplina,
o Fluminense me domina,
eu tenho amor pelo Tricolor!
Salve o querido pavilhão
das três cores que traduzem tradição,
a paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte, pelo esporte,
eu sou é Tricolor!

Vence o Fluminense,
com o o sangue do encarnado,
com amor e com vigor
faz a sua torcida querida
vibrar de emoção
do Tri-campeão!


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Sou tricolor de coração,
sou do clube tantas vezes campeão!
Fascina pela sua disciplina,
o Fluminense me domina,
eu tenho amor pelo Tricolor!
Salve o querido pavilhão
das três cores que traduzem tradição,
a paz, a esperança e o vigor.
Unido e forte, pelo esporte,
eu sou é Tricolor!

Vence o Fluminense,
com amor e fidalguia,
branco é paz e harmonia!
Brilha ao Sol da manhã,
ou à luz do refletor,
salve o Tricolor!

EL BREVE ESPACIO EN QUE NO ESTAS



Todavía quedan restos de humedad,
sus olores llenan ya mi soledad,
en la cama su silueta se dibuja cual promesa
de llenar el breve espacio en que no está...
Todavía yo no sé si volverá,
nadie sabe, al día siguiente, lo que hará.
Rompe todos mis esquemas,
no confiesa ni una pena, no me pide nada a cambio de lo que da.
Suele ser violenta y tierna,
no habla de uniones eternas,
mas se entrega cual si hubiera sólo un día para amar.
No comparte una reunión,
mas le gusta la canción que comprometa su pensar.
Todavía no pregunte «¿te quedarás?».
Temo mucho a la respuesta de un «jamás».
La prefiero compartida antes que vaciar mi vida,
no es perfecta,
mas se acerca a lo que yo simplemente soñé...

PRÊMIO PARA A CANTORA MAIS AUTORAL DA MPB





BETHANIA E NOEMIA HIME

MARIA BETHÂNIA É A PRIMEIRA INTÉRPRETE CONTEMPLADA COM O SHELL DE MÚSICA ! PARABÉNS BETHA, VOCÊ MERECE !
A cantora baiana Maria Bethânia desbancou os compositores e foi declarada nesta terça-feira a vencedora do Prêmio Shell de Música. Esta é a primeira vez que uma intérprete é escolhida pelo júri formado por críticos, produtores musicais e especialistas. Até o ano passado, o prêmio era restrito a compositores. Antes já ganharam o Shell nomes como Tom Zé, João Bosco e Aldir Blanc, João Donato, Gilberto Gil e Paulinho da Viola desde o ano de 1987. Ainda sem data definida, a cerimônia de entrega do prêmio vai ocorrer no Rio de Janeiro quando será concedido um troféu desenhado pelo joalheiro Caio Mourão e o prêmio no valor de R$ 15 mil. O júri deste ano foi formado pelo pelos jornalistas Luiz Fernando Viana (jornal Folha de S. Paulo) e Arthur Dapieve (O Globo), o radialista e professor da UFRJ Fernando Mansur, o produtor cultural Bruno Levinson e os produtores musicais Moogie Canazio e Zuza Homem de Mello.


Inesquecivel Jessé - Menino Passarinho e Paz do meu Amor

JESSÉ / VOA LIBERDADE

Show MPB4 BH 2008 Magro, Dalmo, Aquiles e Miltinho


JESSÉ / ESTRELAS DE PAPEL

TAIGUARA // TEU SONHO NÃO ACABOU


TAIGUARA // GERAÇÃO 70

JESSE






SAUDADES.................

JESSE // Porto Solidão - Eterno Menino

CASÉ HENRIQUE - LEVANTE DO BOREL (TAIGUARA)

Roda Viva - Chico Buarque e MPB4

Futuros Amantes - Chico Buarque

Construcción, de Chico Buarque

quarta-feira, 4 de junho de 2008

ABEL SILVA // BIOGRAFIA

Nascido em Cabo Frio (RJ), mudou-se aos dois anos de idade para o Rio de Janeiro, onde formou-se em Letras pela Faculdade Nacional. Em 1972 foi editor de cultura do semanário Opinião e em 1973 foi diretor da Revista Anima, onde colaborava com nomes como João Ubaldo Ribeiro, Ferreira Gullar, Glauber Rocha e outros. A partir de 74, quando conheceu o cantor Fagner, para quem escreveu "Asa Partida", passaria a produzir basicamente letras de músicas. Apesar de ter editado três livros - o romance "O Afogado" (71), a coletânea de contos "Açougue das Almas" (74) e as seleções de poemas "Asas" (79), "Ao Pé da Letra" (89), "Mundo Delirante" (92) e "Só uma Palavra Me Devora" (2001) - e de lecionar na Escola de Comunicação da UFRJ e da PUC, Abel Silva acabou ficando mais conhecido como letrista de MPB pois colecionou inúmeros sucessos com os mais variados parceiros, nas vozes de Simone ("Jura Secreta" e "Alma", ambas com Sueli Costa, "Água na Boca", com Tunai e "Raios de Luz", com Cristóvão Bastos - esta também gravada em inglês por Barbra Streisand), Gal Costa ("Festa do Interior", com Moraes Moreira), Ângela Rô Rô ("Simples Carinho", com João Donato), Nana Caymmi ("Brisa do Mar", com João Donato, "Voz e Suor", com Sueli Costa, "Serena", com Cristóvão Bastos), João Bosco ("Desenho de Giz" e "Quando o Amor Acontece", ambas com o próprio), Fagner ("Amor Escondido" e "Sangue e Pudins", ambas com o próprio), entre outros. Abel também compôs com Antônio Adolfo, Ivan Lins, Jards Macalé, Nonato Luiz, Roberto Menescal e Zé Renato.

Clarisse Grova no show "É Poesia e é Cançaõ" com Abel Silva, cantando "Pérola" de Sueli Costa e Abel Silva.

Jura Secreta - Sueli Costa/Abel Silva

"Porque te amo",música integrante do disco de Sueli Costa-"Amor Blue",cantada por Simone. Piano: Sueli Costa, Cello:Yura Ranevski,Baixo e Arranjo do C

Coração Ateu (Sueli Costa) - Cristina Motta

SUELI COSTA


Para os parceiros, letristas talentosos, Sueli Costa sempre tem a melodia perfeita na ponta dos dedos. Para o público, inúmeros clássicos glorificados em nobres gargantas como as de Elis, Simone, Nara, Bethânia, Nana, Lucinha, Gal. A arte de Sueli é essencialmente feminina. A arte de Sueli é para todos.
E para provar que a arte não tem barreiras, alguns de nossos maiores cantores também mergulharam na alma da música de Sueli. Fagner, Cauby, Ney, Pedro Mariano são alguns do que entenderam o recado e deram vida aos sucessos da compositora.
O nascimento foi no Rio de Janeiro, em 25 de julho de 1943. Mineira de coração e criação, foi em Juiz de Fora que, aos quatro anos, teve as primeiras lições e noções de piano com a mãe, Maria Aparecida Correa Costa, que também ensinava canto coral. Dos encontros musicais familiares nasceu o Trieto, com as irmãs Telma Costa (cantora, já falecida) e Lisieux Costa (pianista e compositora), para participar dos festivais que borbulhavam nas cidades vizinhas. Os outros dois irmãos, o pianista Afrânio e o violonista Élcio Costa se formaram em direito.
Ainda em Juiz de Fora, aos 17 anos, compôs sua primeira música inspirada em uma participação da cantora Sylvia Telles em um programa de TV. A mãe e o irmão foram os primeiros ouvintes de Balãozinho, que nasceu no violão. Mas logo elegeu o piano como parceiro mais constante para as melodias e musicou letras de João Medeiros Filho. A primeira, Por exemplo: você, foi gravada pelo grupo Manifesto e por Nara Leão em 1967.
Como os irmãos, Sueli também flertou com os estudos de leis e decretos. Em 1969 fez suas malas e abandonou a faculdade no último ano. Mudou-se para o Rio de Janeiro, onde já costumava passar os finais de semana, em busca de novos e belos horizontes. Na capital da bossa nova dividiu com o promissor compositor Sidney Miller as músicas do espetáculo musical Alice no país do divino maravilhoso e ensinou música em escolas.
Em 1971 Maria Bethânia incluiu em seu histórico show Rosa dos ventos três composições de Sueli Costa: Aldebarã, Assombrações e Sombra amiga. No ano seguinte foi a vez de Elis Regina prestar atenção nas melodias de Sueli e gravar 20 anos blue, primeiro grande sucesso da compositora que havia sido composto em uma viagem de ônibus entre o Rio e Juiz de Fora.
Com o sucesso de suas músicas, foi contratada pela EMI e gravou seu primeiro LP, em 1975, com produção de Gonzaguinha e arranjos de Paulo Moura e Wagner Tiso. Dois anos depois veio o segundo LP, em 1977, com produção de João Bosco e Aldir Blanc. Por essa época largou o trabalho como professora por não conseguir conciliar as duas funções e conheceu seu marido, Raymundo Wanderley, com quem ficou casada por oito anos e teve seu único filho, Pedro, em 1979.
O talento de Sueli não está somente em moldurar com suas músicas os inspirados versos. Ela também sabe como poucos escolher seus parceiros. No início Cacaso e Tite de Lemos eram os mais constantes. Depois vieram companheiros como Aldir Blanc, Ana Terra, Paulo César Pinheiro e Abel Silva, talvez a mais fértil dobradinha.
No início dos anos 80, quando a boa música brasileira ainda encontrava espaço nas rádios e nos ouvidos do público, Sueli Costa deu vida a vários clássicos através de Simone (Alma e Jura secreta), Maria Bethânia (Coração ateu), Nana Caymmi (Nem uma lágrima), Elis Regina (O primeiro jornal).
Em 2000, com funks, pagodes e axés dominando as rádios, Sueli ganhou de Lucinha Lins o elogiado e emocionado CD Canção brasileira, um verdadeiro tributo à sua obra.
Sueli já dividiu palco com grandes colegas, como Fátima Guedes, Rosa Passos e Joyce. No Projeto Pixinguinha, dividiu microfones com Simone batendo recorde de público do projeto segundo a revista Veja.
Em tempo de celebrar seus 60 anos de vida, Sueli se mantém na ativa. Seu mais recente CD é a produção independente Minha arte, de 2000. Para 2004 tem muitos planos e projetos. CD, shows, songbook... basta ficar de olho aqui.
por Beto Feitosa

TEXTO DE MARIA BETHANIA


" Eu sou uma apaixonada pela água

e o Atlântico me comove.

Eu costumo dizer que quando alguém sentir

saudade de mim,

basta molhar a mão na água "


Maria Bethania

MARIA BETHANIA // SEGUE O TEU DESTINO // FERNANDO PESSOA & SUELI COSTA



Segue o teu destino,
Rega as tuas plantas,
Ama as tuas rosas.
O resto é a sombra
De árvores alheias.

A realidade
Sempre é mais ou menos
Do que nós queremos.
Só nós somos sempre
Iguais a nós-próprios.

Suave é viver só.
Grande e nobre é sempre
Viver simplesmente.
Deixa a dor nas aras
Como ex-voto aos deuses.

Vê de longe a vida.
Nunca a interrogues.
Ela nada pode
Dizer-te. A resposta
Está além dos deuses.

Mas serenamente
Imita o Olimpo
No teu coração.
Os deuses são deuses
Porque não se pensam.


Ricardo Reis, 1-7-1916

RICARDO FRANÇA / O POEMA QUE MORREU

O Poema que Morreu
Ricardo França

Um assassinato.

Tudo indicava assim.

E o coitado do poema, estirado,era coceira na curiosidade pública.

Chegou o delegado- e cismado -foi tecendo em pensamentoas inconstantes formas da dúvida.

Uma interrogação passeava ali.

Crescia e engordava- proporcional - a cada pessoa que paravana pele da já recém formada multidão.

Não demorou muito e apareceu o legista.

Ele era meio esquisito,tinha tique nervoso e coceira na vista.

Examinou o já lido poemae constatou o consumado fato:- Morrera de amor, não de infarto.

Suicídio? Assassinato?Quem faria o fatídico ato?- Quem ??? perguntava o delegado.

E com um ar sherloquiano pegou o morto nas mãos.

Sob os olhos atentos da multidão exclamou a primeira descoberta:

- Não era amador o assassino, era poeta !“Poeta ?” Indagou a multidão incrédula.- Poeta!

Confirmou alisando o imeeeenso bigode.

Chegaram então os repórteres, a lavadeira, o bêbado ainda de porre, a dona Julieta, o doutor

Onofre, e todos, do sul ao norte, mastigavam a mesma pergunta:

“Um poeta, mas como é que pode ?”- Simples! - Explicou o delegado...A tristeza, num homem

apaixonado,dói além do sustentável.

No peito, abre um buraco.

Tanto insisteque não resta escapatória,com o dedo em riste, atrás da porta, persiste o crime.

A arma utilizada não foi revólver, não foi faca. Foi um sentimento amargurado delineado no papel por uma caneta esferográfica.

Já a paixão - continua -,foi a vítima,de vez esquecida, varrida, morta.

Não é caso de polícia.por aí morre um amor por dia, é uma palavra prolixa, doída.

Dor nenhuma deve virar notícia, fez bem o poeta em matar essa paixão.

E terminou largando o poema no chão.

Seguiu em frente, sumiu na multidão que por sua vez se desfez com a mesma rapidez que se formou.

Mas do vazio que ficou - dilacerado, permaneceu solitário um adolescente com os olhos

molhado se uma caneta na mão. Em passos lentos, assimilados, aproximou-se do poema no chão

largado e guardou no bolsoa história do amor que minutos antes havia escrito, e por qualquer descuido perdido...

A obra: ‘O poema que morreu’, tem 17 anos e já recebeu diversos prêmios. Foi escrito quando o autor cursava o primeiro período da faculdade de Jornalismo. Usa a linguagem da reportagem policial para narrar uma história de decepção amorosa. O que a princípio parece um crime surrealista – a morte do poema – na verdade é o fim de uma paixão, escrita em forma de poesia por um jovem poeta. A cena é construída a partir da possibilidade de um suicídio ou um assassinato e aos poucos são introduzidos os diversos personagens, tais como o delegado, o legista, os repórteres, pessoas comuns e anônimas que aparecem como curiosos e até mesmo o ponto de interrogação, que fica passeando pelo local. Recentemente foi o terceiro colocado no 1º Concurso Nacional de Poesia para Jornalistas, promovido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, com patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) com apoio da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) e da Academia Brasileira de Letras (ABL). O poema foi o único classificado do Rio de Janeiro no concurso, que reuniu mais de 200 trabalhos. A obra abre o livro de poesia 'Pedra, Poesia, Pedregulho', de Ricardo França, que deverá ser lançado durante o 2º Poêtisá, em novembro.Brevemente o poema será transformado em um curta-metragem. Depois de ter sido "velado" em uma urna funerária nas dependências do Sesc-Madureira, no dia 15 de maio de 2004, durante a realização do II Fest Poe, ele "ressuscitará" para virar curta-metragem. A produção está sendo feita pela produtora friburguense Urânia Criações, a mesma que realizou o 1º Poetisa – Festival de Poesia em Nova Friburgo, junto com o curso de Comunicação Social da Universidade Estácio de Sá, em novembro do ano passado. De acordo com Thiago Mello, responsável pelo roteiro, o curta fugirá da narrativa linear, enveredando por uma linha pós-moderna. “Pretendo explorar uma linguagem fragmentada, misturando os planos e os cortes dos diversos momentos do poema, introduzindo, por exemplo, o adolescente, que no texto encerra o poema, já no início do curta-metragem”, revela. A reconstrução do poema-reportagem para a linguagem cinematográfica, segundo Ricardo França, tem tudo para dar certo. “O poema nos remete a um enredo de imagens surreais, porém tem princípio, meio e fim. É poético, jornalístico mas pode ser também cinematográfico. O grande desafio será mesmo embaralhar esses conceitos numa visão pós-moderna, que é o que o Thiago pretende fazer. O resultado será muito interessante”, acredita França.
O autor, Ricardo França de Gusmão, é poeta e jornalista. Especialista em Telejornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Detentor de diversos prêmios literários. Como jornalista foi Repórter Especial do O DIA, onde conquistou o Prêmio Internacional de Reportagem da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP-Miami), em 1997, categoria Direitos Humanos, com a série de reportagens investigativas ‘Nota 10 em Violência’, denunciando o tráfico de drogas nas escolas do Rio. A reportagem foi considerada a melhor contribuição da Imprensa nas Américas no combate ao narcotráfico. Foi repórter e roteirista do DOCUMENTO ESPECIAL, da TV Bandeirantes. Em 1999 recebeu Moção da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro pela relevante contribuição à sociedade como poeta e jornalista. Atualmente é professor de Jornalismo, Supervisor de Operações do Núcleo Prático de Comunicação (NUCOM) e Coordenador de Mídia Impressa do curso de Jornalismo da Universidade Estácio de Sá, campus Nova Friburgo. É Diretor-Cultural da Sociedade Carnavalesca Embaixadores da Folia da Cidade Maravilhosa. Idealizador do Poêterê e idealizador e organizador do Poetista, festivais de poesia de Teresópolis e Nova Friburgo, respectivamente. É Delegado da APPERJ em Nova Friburgo.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Chico Buarque fala sobre racismo.



BETHANIA // GOSTOSO DEMAIS


BETHANIA // Maria Bethânia - Medley de Chico Buarque - XX anos de paixão



Bertolt Brecht, Mercedes Sosa e Milton Nascimento

27° Encontro Nacional dos Estudantes de Veterinária


ENCONTROS E DESPEDIDAS


MILTON NASCIMENTO & JOBIM TRIO // CHEGA DE SAUDADE

ADRIANA CALCANHOTO


ADRIANA CALCANHOTO // BIOGRAFIA

Adriana da Cunha Calcanhotto, mais conhecida por Adriana Calcanhotto, (Porto Alegre, 3 de outubro de 1965) é uma cantora e compositora brasileira.
Recentemente ampliou a atuação num álbum para crianças, o
Adriana Partimpim (2004), com o qual obteve grande sucesso em espetáculos e pelo qual foi nomeada para concorrer ao prêmio Grammy latino de melhor álbum infantil na casa de espetáculos nova-iorquina Madison Square Garden (2 de novembro de 2006).
As composições abordam estilos variados:
samba, bossa nova, funk, rock, pop, baladas. Dentre as características de repertório, observa-se a regravação de antigos sucessos da MPB e arranjos diferenciados.
É filha de um baterista de uma banda de
jazz, Carlos Calcanhoto, e de uma bailarina. Aos seis anos ganha do avô o primeiro instrumento: um violão. Aprendeu a tocar o instrumento e também, mais tarde, a cantar. Logo imergiu nas influências musicais (MPB) e literárias (Modernismo Brasileiro). Ficou fascinada pela Antropofagia de Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral e outros nomes daquele movimento cultural.
A vida artística iniciou-se em bares, como o Fazendo Artes, situado próximo à I Cia. de Guardas do Exército, próximo ao
Parque Farroupilha, e o Porto de Elis, na av. Protásio Alves. Também trabalhou em peças teatrais e depois se lançou em concertos e festivais por todo o país no estilo voz e violão. O primeiro disco, Enguiço, lançado em 1990 pela gravadora CBS, foi muito elogiado e o primeiro sucesso foi Naquela Estação, no repertório deste, que também trouxe músicas de sua autoria (a faixa-título e Mortais) e regravações de clássicos da MPB (Sonífera ilha, do grupo Titãs, Caminhoneiro de Roberto e Erasmo Carlos, Disseram que eu voltei americanizada, que fez sucesso na voz de Carmem Miranda, e Nunca, do conterrâneo Lupicínio Rodrigues). Nessa época, chegou a ser comparada a Elis Regina.
Naquela estação, por sua vez, integrou a
trilha sonora da telenovela global Rainha da Sucata, de Sílvio de Abreu (1990). No ano seguinte, recebeu o Prêmio Sharp de revelação feminina. No segundo trabalho, Senhas, de 1992, o repertório estava focado nas canções de sua autoria, com destaque para Esquadros e Mentiras; esta última foi incluída na trilha da novela Renascer, de Benedito Ruy Barbosa.
Em
1994, a fórmula dá sinais de cansaço e desgaste devido à exposição excessiva na mídia. Por isso, nesse mesmo ano lançou o LP A fábrica do poema, com algumas doses de experimentalismo (poemas de Augusto de Campos, Gertrude Stein, textos do cineasta Joaquim Pedro de Andrade e parcerias com Waly Salomão, Arnaldo Antunes, Antônio Cícero e Jorge Salomão). No terceiro disco, que também foi o último a ter versão em vinil, os destaques foram Metade e Inverno. Prosseguiu com o álbum Maritmo, que simulou uma incursão pela dance music (Pista de dança, Parangolé Pamplona), samples (Vamos comer Caitano), e a regravação de Quem vem pra beira do mar, de Dorival Caymmi. O maior sucesso do disco foi Vambora, que incluída na trilha de Torre de Babel, de Sílvio de Abreu, obteve enorme repercussão.
Uma das participações foi uma perfomance na livraria Argumento, no
Rio de Janeiro, musicando poemas do poeta português Mário de Sá Carneiro em 1996. Um deles, O outro acabou por entrar no CD Público (2000), que trazia regravações dos antigos sucessos entre outras canções consagradas e também rendeu um DVD, lançado no ano seguinte pela gravadora BMG.
O trabalho mais recente foi o CD
Adriana Partimpim (2004), uma seleção de canções para crianças. Em 2007, nos jogos panamericanos, participou da cerimônia de abertura.


Em sua versão em CD, o álbum Senhas trouxe uma música a mais: "Negros", com citação de "Aquarela do Brasil". Ela não havia entrado no LP original por problemas de espaço.
Durante uma apresentação da cantora e compositora
Rita Lee no Gigantinho, em Porto Alegre, no final dos anos 80, a cantora teria feito uma performance na música "Doce Vampiro", vestida apenas com um longo manto negro e utilizando uma dentadura de vampiro.