quinta-feira, 21 de junho de 2007

Canteiros / Fagner / sobre poema de Cecília Meireles






Canteiros

Quando penso em você fecho os olhos de saudade

Tenho tido muita coisa, menos a felicidade

Correm os meus dedos longos em versos tristes que invento

Nem aquilo a que me entrego já me traz contentamento

Pode ser até manhã, cedo claro feito dia

Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

Eu só queria ter no mato um gosto de framboesa

Prá correr entre os canteiros e esconder minha tristeza

Que eu ainda sou bem moço prá tanta tristeza

E deixemos de coisa, cuidemos da vida,

Pois se não chega a morte ou coisa parecida

E nos arrasta moço sem ter visto a vida.

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