MÚSICAS, POESIAS, BIOGRAFIAS. INTÉRPRETES, CANTORES, COMPOSITORES. Notícias sobre , shows, CDS, DVDS, etc.
sábado, 17 de novembro de 2007
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
PABLO NERUDA, POEMA 20
Tengo en mi cabecera obras de Neftalí Ricardo Reyes Basoalto, el gran Neruda: "Crepusculario", "Veinte poemas de amor y una canción desesperada", "Residencia en la tierra", "Tercera residencia", "Canto general", "Los versos del capitán", "Odas elementales", "Extravagario", "Memorial de Isla Negra" y "Confieso que he vivido".
"VEINTE POEMAS DE AMOR Y UNA CANCION DESESPERADA" escrito por el genio de las letras´en 1924 es una colección de poemas de amor, con un tinte nostalgico y la influencia del modernismo.
En realidad el título es tal cual: POEMA XX.
Sophia de Mello Breyner Andresen / Noite de Abril
Noite de Abril
Hoje, noite de Abril, sem lua, A minha rua É outra rua. Talvez por ser mais que nenhuma escura E bailar o vento leste A noite de hoje veste As coisas conhecidas de aventura. Uma rua nova destruiu a rua do costume. Como se sempre nela houvesse este perfume De vento leste e Primavera, A sombra dos muros espera Alguém que ela conhece. E às vezes, o silêncio estremece Como se fosse a hora de passar alguém Que só hoje não vem.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Obra Poética I
Caminho
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
Sophia de Mello Breyner / Praia
Sophia de Mello Breyner Andresen / Chamo-Te
Chamo-Te |
Chamo-Te porque tudo está ainda no princípio |
ZÉLIA DUNCAN / MEUS OLHOS
Às vezes tudo que eu quero
É mergulhar numa paixão eterna
Eu sonho tanto, a todo momento
Quando o sol se põe e a chuva cai
Vêm as sensações tão naturais
É claro nos meus olhos
Se disfarço meus desejos
Repara nos meus olhos
Se disfarço
Às vezes tudo que eu quero
É ser herói por uns segundos
Soltos no espaço
São muitos segredos
E se a solidão me tem demais
Às vezes me sinto estranha
Mas, repara nos meus olhos
Se disfarço tanto
Eu posso até inventar
Mentiras diversas
Mil idéias sem sentido
Galanteios de bandido
Outros beijos, outras festas
Repara nos meus olhos
Se disfarço meus desejos
Repara nos meus olhos
Se disfarço tanto
Sophia de Mello Breyner Andresen / "SE "
"Se" |
Se tanto me dói que as coisas passem |
Sophia de Mello Breyner Andresen / Os pássaros
Os pássaros
Ouve que estranhos pássaros de noite
Tenho defronte da janela:
Pássaros de gritos sobreagudos e selvagens
O peito cor de aurora, o bico roxo,
Falam-se de noite, trazem dos abismos da noite lenta e quieta
Palavras estridentes e cruéis.
Cravam no luar as suas garras
E a respiração do terror desce
Das suas asas pesadas.
Sophia de Mello Breyner Andresen
Antologia
Círculo de Poesia
Moraes Editores
1975
quarta-feira, 14 de novembro de 2007
Sophia de Mello Breyner Andresen / Um dia branco
Dai-me um dia branco, um mar de beladona |
Sophia de Mello Breyner Andresen / As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas
O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra
"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."
Ó vendilhões do templo
Ó constructores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito
Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.
Sophia de Mello Breyner Andresen
(Livro sexto)
LINDÍSSIMO !!!
Sophia Andresen / UM POEMA EXEMPLAR
Um poema exemplar
Um poema exemplar: em linhas como:
«Cidade, rumor e vaivém sem paz das ruas,
Ó vida suja, hostil, inutilmente gasta,
Saber que existe o mar e existem praias nuas,
Montanhas sem nome e planícies mais vastas
Que o mais vasto desejo,
E eu estou em ti fechada e apenas vejo
Os muros e as paredes e não vejo
Nem o crescer do mar nem o mudar das luas.
Saber que tomas em ti a minha vida
E que arrastas pela sombra das paredes
A minha alma que fora prometida
Às ondas brancas e às florestas verdes»
(Sophia Andresen
«Cidade», Livro Sexto)
Os troncos das árvores / Sophia de Mello Breyner Andresen
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Chico Buarque en castellano, QUÉ SERÁ
Oh qué será qué será
Que andan suspirando por las alcobas
Que andan susurrando en versos y trovas
Que andan escondiendo bajo las ropas
Que anda en las cabezas y anda en las bocas
Que va encendiendo velas en callejones
Que están hablando alto en los bodegones
Gritan en el mercado
Está con certeza en la naturaleza
Será que será
Que no tiene certeza ni nunca tendrá
Lo que no tiene arreglo ni nunca tendrá
Que no tiene tamaño
Oh qué será qué será
Que vive en las ideas de los amantes
Que cantan los poetas más delirantes
Que juran los profetas embriagados
Que está en las romerías de mutilados
Que está en las fantasías más infelices
Lo sueñan de mañana las meretrices
Lo piensan los bandidos los desvalidos
En todos los sentidos
Será qué será
Que no tiene decencia ni nunca tendrá
Que no tiene censura ni nunca tendrá
Que no tiene sentido
Oh qué será qué será
Que todos los avisos no van a evitar
Porque todas las risas van a desafiar
Y todas las campanas van a repicar
Porque todos los himnos van a consagrar
Porque todos los niños se han de desatar
Y todos los destinos se irán a encontrar
Y el mismo padre eterno que nunca fue allá
Al ver aquel infierno lo bendecirá
Que no tiene gobierno ni nunca tendrá
Que no tiene vergüenza ni nunca tendrá
Lo que no tiene juicio
Chico Buarque - Parceiros e amigos
Seqüência de imagens raras e históricas de parceiros e importantes amigos, todos envolvidos com arte.
MÚSICA: "Parceiros", com Milton Nascimento, Chico Buarque e Francis Hime; "Poeta Maior", com Eduardo Gudín e Mônica Salmaso.
01 - Odette Lara e MPB-4.
02 - Jair Rodrigues e Nara Leão.
03 - MPB-4.
04 - Nara Leão.
05 - Tom Jobim.
06 - Tom Jobim, Cynara e Cybele.
07 - MPB-4.
08 - Caetano Veloso, Gilberto Gil e Claudete Soares.
09 - Elis Regina e Geraldo Vandré.
10 - Vinicius de Moraes.
11 - Vinicius de Moraes.
12 - Paulinho da Viola.
13 - Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Manuel Bandeira.
14 - Gilberto Gil.
15 - Augusto Boal.
16 - Ruy Castro.
17 - Tom Jobim.
18 - Ney Matogrosso.
19 - Gilberto Gil.
20 - Francis Hime e Milton Nascimento.
21 - Tom Jobim e Miúcha.
22 - Nara Leão.
23 - Hugo Carvana.
24 - Nara Leão e Maria Bethânia.
25 - Milton Nascimento.
26 - Tom Jobim.
27 - Ney Matogrosso.
28 - Milton Nascimento.
29 - Clara Nunes, Milton Nascimento e Marieta Severo.
30 - Edu Lobo.
31 - Toquinho, Vinicius de Moraes e Sérgio Buarque.
32 - Carlinhos Vergueiro.
33 - Tom Jobim e Telma Costa.
34 - Vinicius de Moraes.
35 - Caetano Veloso.
36 - Tom Jobim.
37 - Edu Lobo.
38 - Maria Bethânia.
39 - Cazuza.
40 - Gal Costa.
41 - Milton Nascimento, Gal Costa, Mercedes Sosa e Caetano Veloso.
42 - Pablo Milanés.
43 - Edu Lobo e Gal Costa.
44 - Maria Bethânia.
45 - João Bosco.
46 - Edu Lobo.
47 - Gal Costa.
48 - Dorival Caymmi.
49 - Jamelão.
50 - Djavan.
51 - Toquinho.
52 - Fafá De Belém.
53 - Simone, Gilberto Gil, Djavan, Alceu Valença, Gal Costa e outros.
54 - Dorival Caymmi.
55 - Milton Nascimento e membro da Velha Guarda da Mangueira.
56 - Maria Rita.
57 - Toquinho.
58 - Eugénia Melo e Castro.
59 - Chico Faria.
60 - Toquinho.
61 - Caetano Veloso.
62 - Hermínio Bello de Carvalho e Nelson Sargento.
63 - MPB-4 e Quarteto em Cy.
64 - Edu Lobo.
65 - Erasmo Carlos.
66 - Chico Batera, Kiko Continentino, Luiz Alves e Marcos Nimirichter.
67 - Edu Lobo, Lenine, Adriana Falcão, João Falcão e elenco de "Cambaio".
68 - Wilson das Neves.
69 - Miúcha.
70 - Mônica Salmaso.
71 - Marina de La Riva.
72 - Edu Lobo.
73 - CHICO BUARQUE.
domingo, 11 de novembro de 2007
AVÔHAI
AVÔHAI
Um velho cruza a soleira de botas longas
De barbas longas de ouro o brilho de seu colar
Na laje fria onde coarava
Sua camisa e seu alforje de caçador
Oh! Meu velho e invisível Avôhai
Oh ! Meu velho indivisível Avôhai
Neblina turva e brilhante em meu cérebro
Coágulos de sol Amanita matutina
E que transparente cortina ao meu redor
E se eu disser que é meio sabido
Você diz que é meio pior
E pior do que planeta quando perde o girassol
É o terço de brilhante nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só
Avôhai.
Avô e pai
Avôhai