domingo, 11 de novembro de 2007

AVÔHAI

AVÔHAI

Um velho cruza a soleira de botas longas
De barbas longas de ouro o brilho de seu colar
Na laje fria onde coarava
Sua camisa e seu alforje de caçador
Oh! Meu velho e invisível Avôhai
Oh ! Meu velho indivisível Avôhai

Neblina turva e brilhante em meu cérebro
Coágulos de sol Amanita matutina
E que transparente cortina ao meu redor
E se eu disser que é meio sabido
Você diz que é meio pior
E pior do que planeta quando perde o girassol

É o terço de brilhante nos dedos de minha avó
E nunca mais eu tive medo da porteira
Nem também da companheira
Que nunca dormia só
Avôhai.
Avô e pai
Avôhai

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