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sábado, 7 de julho de 2007
sexta-feira, 6 de julho de 2007
NAVEGAR É PRECISO / FERNANDO PESSOA
Navegar é Preciso
Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo
e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.
Fernando Pessoa
¿QUIÉN ES QUIÉN? / Poema de Antonio Miranda
Poema de Antonio Miranda
Traducción de Trina Quiñones
?Em qué altura
o dimensión
el poder dá vértigo
o da excitación?
Anónimo burocrata
!Qué frágil es el equilíbrio
en el organograma!
¿Un ejercicio de malabarismo
o, antes,
el síndrome del artificio?
Y el poder,
¿es vertical en el cronograma?
¿Es horizontal y sonoro,
auto-sustentable
en el pentagrama?
¿Sería la dialéctica
de los antagonismos
o el arbitrio
de los conformismos?
¿Un gesto de conciliación
en los dualismo
o el premio a la paciencia
y a la sumisión?
¿Acto continuo
y racional?
¿Anormal?
¿Un golpe de dados abolirá el azar?
Y usted, ?quién es
en la estructura?
Su osamenta
¿en qué dossier es sepultada?
¿Quién decide su nivel de calorías,
la suyas, nuestras regalías?
Y la inteligencia
¿es sinónimo de sobrevivencia?
¿Servilismo
se eleva a nivel de civismo?
¿Quién rescata la vida
encuadrada
en normas y juicios?
(¿Son dogmas o son prejuicios?)]
Nuestra vida,
alquilada
y confinada
- ¿es todo o es nada?
Poema escrito en Rio de Janeiro, em 1981. Publicado en Caminhos de Integração/Caminos de Integración; Paths of Integration, antología de poemas de autores latino-americanos organizada por Sofía Vivo en portugués, castellano e ingles (Brasília, Thesaurus, 1993).
Dualismo / Antonio Miranda Fernandes
Antonio Miranda Fernandes
(poema para três falas: o autor, o navegador e o poeta)
Navegar
é preciso,
viver
não é
preciso.
---o---
Navegar é preciso,
Marinheiro dos instrumentos e da precisão.
Determina um rumo a teu curso, e navega direto ao teu destino.
---o---
Viver não é preciso,
Poeta que traz no verso o deslizamento.
Avia nas metáforas o desejo. Não precisa ver. Sê apenas menino.
---o---
Oh barco, se as tabuas do teu costado não agüentarem duras procelas
Afasta-te, portanto se na minha exatidão enganei-me ao riscar a carta
Mesmo sendo meu corpo de ferro a alma não o é. E ela tanto maltrata.
---o---
Oh barco, meu coração não agüenta tamanhas tormentas. Foge delas...
Olvida a ciência, o saber, ou apenas engodo, se for, e deixa-me a pulsão
Onde meus versos navegam sem bússola, mas há fonte, objeto e direção.
---o---
O dia o marco... Meu coração o porto... Atracar outro sonho desperto.
---o---
Nota do autor:"Navigare necesse; vivere non est necesse"
latim, frase de Pompeu, general romano, 106-48 aC.
dita aos marinheiros, amedrontados, que recusavam
viajar durante a guerra.
Cf. Plutarco, in vida de Pompeu.
Este poemeto não é de Clarice
Clarice Lispector
Este poemeto não é de Clarice
Nota do Editor:
Recebi este email de:
Anna Christina Saeta de Aguiar
web.editora@anjosdeprata.com.br
http://www.anjosdeprata.com.br
"Poemeto para ser lido "de cima pra baixo e de baixo pra cima"- este poeminha engraçadinho é bastante antigo nas listas de e-mail que rolam pela internet. Inicialmente divulgado sem autoria, ultimamente tem sido atribuído a Clarice Lispector. Caso alguém saiba quem escreveu esta graciosa brincadeirinha, peço a gentileza de entrar em contato comigo web.editora@anjosdeprata.com.br para que o nome seja divulgado":
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis
Tenho certeza que
Nada foi em vão
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada
Não poderia dizer mais que
Alimento um grande amor
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
Eu te amo!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
Poemeto: poema curto. Nem melhor nem pior. Apenas curto. Pequeno.
Saudação a Drummond / Henriqueta Lisboa
Henriqueta Lisboa
Saudação a Drummond
Eu te saúdo Irmão Maior
pelo que tens sido e serás
dentro do tempo espaço afora
e além da vida: luminar
homem simples da terra
aprisionado no íntimo
para libertador de pássaros
e agenciador de símbolos.
Pela pedra no caminho
que foi ato de bravura
e foi cabo de tormentas.
Pelo brejo das almas
em verde com margaridas.
Pelo sentimento do mundo
com que orvalhas o linho
da comunhão geral.
Pelas fazendas do ar
em que brindas cultivos
de transcedentes dimensões.
Pelos claros enigmas
que decifras e que armas
em desdobrados ciclos.
Pela vida passada a limpo
em lâminas de cristal.
Pela rosa do povo
com que humanizas o asfalto.
Pela lição de coisas
que nos ensinas a aprender.
Pelo boitempo este sabor
de renascimento da infância.
Em nome de Mário de Andrade
— até as amendoeiras falam —
em nome de Manuel Bandeira
em nome de Emílio Moura
presentes embora silentes
no alto da Casa em outros
mais cômodos aposentos
de onde nos contemplam líricos
a nós abaixo no vestíbulo.
Saúdo-te mineiro Carlos
de olhos azuis como os da criança
guardada sempre mais a fundo
em candidez e malícia
ao largo de lavouras híspidas
ao longo de setenta outubros
vincados de diamante e ferro
sem nostalgia de crepúsculo.
Saúdo-te com sete rosas
em botão as mais puras
colhidas de madrugada
antes do sol em suas pétalas
por teu sétimo aniversário
outrora
de menino poeta.
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Gracias a la vida - Violeta Parra
Violeta del Carmen Parra Sandoval (* San Carlos, 4 de octubre de 1917 - † Santiago, 5 de febrero de 1967) es una música, cantante, pintora, escultora, bordadora y ceramista chilena, considerada por muchos la folclorista más importante de Chile y fundadora de la música popular chilena. Es miembro de la prolífica familia Parra.
El aporte de Violeta Parra al quehacer musical y artístico chileno es considerado de manera unánime como trascendente e invaluable. Su trabajo sirvió de inspiración a un sinnúmero de artistas posteriores a ella en el tiempo, que continuaron con su ardua tarea de rescate de la música del campo chileno y las manifestaciones constituyentes del folclor del país y de Latinoamérica. Sus composiciones propias han sido elogiadas por críticos de todo el mundo, debido a su complejidad y elaboración musical y a sus letras poéticas, ingeniosas y comprometidas. Sus canciones han sido versionadas por un sinnúmero de artistas en Latinoamérica y el resto del mundo.
Caetano Veloso - Cucurrucucu Paloma / Tomás Méndez
Cucurrucucu Paloma
Caetano Veloso
Dicen que por las noches
No más se le iba en puro llorar
Dicen que no comia
No mas se le iba en puro tomar
Juran que el mismo cielo
Se extremecia al oir su llanto
Como sufria por ella
Que hasta en su muerte la fue llamando
Ay, ay, ay, ay, ay
Cantaba
Ay, ay, ay, ay, ay
Gemia
Ay, ay, ay, ay, ay
Cantaba
De pasion mortal Moria
Que una paloma triste
Muy de mañana le va a cantar
A la casita sola
Con las puertitas de par en par
Juran que esa paloma
No es otra cosa mas que su alma
Que todavia la espera
A que regrese la desdichada
Cucurrucucu
Paloma
Cucurrucucu
No llores
Las piedras jamás
Paloma
Que van a saber
De amores
AYA PUNGO
CHAYAG video clip was recorded in Ecuador.
The name of the song Aya Pungo means the gate of the dead.
Enjoy it !!!
Ultimatum
Texto Ultimatum - Alvaro de Campos, 1917.
Show Dentro Do Mar Tem Rio, no Teatro Guaira em Curitiba. Dia 17/03/2007
Mandado de despejo aos mandarins da Europa! Fora.
Fora tu, Anatole-France, Epicuro de farmacopeia-homeopática, ténia-Jaurès do Ancien-Régime, salada de Renan-Flaubert em louça do século dezassete, falsificada!
Fora tu, Maurice-Barrès, feminista da Acção, Chateaubriand de paredes nuas, alcoviteiro de palco da pátria de cartaz, bolor da Lorena, algibebe dos mortos dos outros, vestindo do seu comércio!
Fora tu, Bourget das almas, lamparineiro das partículas alheias, psicólogo de tampa de brasão, reles snob plebeu, sublinhando a régua de lascas os mandamentos da lei da Igreja!
Fora tu, mercadoria Kipling, homem-prático do verso, imperialista das sucatas, épico para Majuba e Colenso, Empire-Day do calão das fardas, tramp-steamer da baixa imortalidade!
Fora! Fora!
Fora tu, George-Bernard-Shaw, vegetariano do paradoxo, charlatão da sinceridade, tumor frio do ibsenismo, arranjista da intelectualidade inesperada, Kilkenny-Cat de ti próprio, Irish-Melody calvinista com letra da Origem-das-Espécies!
Fora tu, H. G. Wells, ideativo de gesso, saca-rolhas de papelão para a garrafa da Complexidade!
Fora tu, G. K. Chesterton, cristianismo para uso de prestidigitadores, barril de cerveja ao pé do altar, adiposidade da dialéctica cockney com o horror ao sabão influindo na limpeza dos raciocínios!
Fora tu, Yeats da céltica-bruma à roda de poste sem indicações, saco de podres que veio à praia do naufrágio do simbolismo inglês!
Fora! Fora!
Fora tu, Rapagnetta-Annunzio, banalidade em caracteres gregos, «D. Juan em Pathmos» (solo de trombone)!
E tu, Maeterlinck, fogão do Mistério apagado!
E tu Loti, sopa salgada fria!
E finalmente tu, Rostand-tand-tand-tand-tand-tand-tand-tand!
Fora! Fora! Fora!
E se houver outros que faltem, procurem-nos por aí pra um canto!
Tirem isso tudo da minha frente!
Fora com isso tudo! Fora!
Ai! que fazes tu na celebridade, Guilherme-Segundo da Alemanha, canhoto maneta do braço esquerdo, Bismarck sem tampa a estorvar o lume?!
Quem és tu, tu da juba socialista, David-Lloyd-George, bobo de barrete frígio feito de Union Jacks?!
E tu, Venizelos, fatia de Péricles com manteiga, caída no chão de manteiga para baixo?
E tu, qualquer outro, todos os outros, açorda Briand-Dato. Boselli da incompetência ante os factos todos os estadistas pão-de-guerra que datam de muito antes da guerra! Todos! todos! todos! Lixo, cisco, choldra provinciana, safardanagem intelectual!
E todos os chefes de estado, incompetentes ao léu, barris de lixo virados para baixo à porta da Insuficiência da Época!
Tirem isso tudo da minha frente!
Arranjem feixes de palha e ponham-nos a fingir gente que seja outra!
Tudo daqui para fora! Tudo daqui para fora!
Ultimatum a eles todos, e a todos os outros que sejam como eles todos!
Senão querem sair, fiquem e lavem-se.
Falência geral de tudo por causa de todos!
Falência geral de todos por causa de tudo!
Falência dos povos e dos destinos — falência total!
Desfile das nações para o meu Desprezo!
Tu, ambição italiana, cão de colo chamado César!
Tu, «esforço francês», galo depenado com a pele pintada de penas! (Não lhe dêem muita corda senão parte-se!)
Tu, organização britânica, com Kitchener no fundo do mar mesmo desde o princípio da guerra!
(It 's a long, long way to Tipperary and a jolly sight longer way to Berlin!)
Tu, cultura alemã, Esparta podre com azeite de cristismo e vinagre de nietzschização, colmeia de lata, transbordamento imperialóide de servilismo engatado!
Tu, Áustria-súbdita, mistura de sub-raças, batente de porta tipo K!
Tu, Von Bélgica, heróica à força, limpa a mão à parede que foste!
Tu, escravatura russa, Europa de malaios, libertação de mola desoprimida porque se partiu!
Tu, «imperialismo» espanhol, salero em política, com toureiros de sambenito nas almas ao voltar da esquina e qualidades guerreiras enterradas em Marrocos!
Tu, Estados Unidos da América, síntese-bastardia da baixa-Europa, alho da açorda transatlântica nasal do modernismo inestético!
E tu, Portugal-centavos, resto da Monarquia a apodrecer República, extrema-unção-enxovalho da Desgraça, colaboração artificial na guerra com vergonhas naturais em África!
E tu, Brasil, «república irmã», blague de Pedro-Álvares-Cabral, que nem te queria descobrir!
Ponham-me um pano por cima de tudo isso!
Fechem-me isso à chave e deitem a chave fora!
Onde estão os antigos, as forças, os homens, os guias, os guardas?
Vão aos cemitérios, que hoje são só nomes nas lápides!
Agora a filosofia é o ter morrido Fouillée!
Agora a arte é o ter ficado Rodin!
Agora a literatura é Barrès significar!
Agora a crítica é haver bestas que não chamam besta ao Bourget!
Agora a política é a degeneração gordurosa da organização da incompetência!
Agora a religião é o catolicismo militante dos taberneiros da fé, o entusiasmo cozinha-francesa dos Maurras de razão-descascada, é a espectaculite dos pragmatistas cristãos, dos intuicionistas católicos, dos ritualistas nirvânicos, angariadores de anúncios para Deus!
Agora é a guerra, jogo do empurra do lado de cá e jogo de porta do lado de lá!
Sufoco de ter só isto à minha volta!
Deixem-me respirar!
Abram todas as janelas!
Abram mais janelas do que todas as janelas que há no mundo!
quarta-feira, 4 de julho de 2007
EVENTOS DE AGOSTO
"EVENTOS DO MÊS"
Maria Bethânia em turnê internacional
Show no Rio de Janeiro | |
Dia: | 10,11,12 e 17,18,19 de agosto de 2007 |
Horário: | Às 22:00 horas nas sextas e sábados e às 20:30 horas aos domingos |
Local: | Canecão |
Endereço: | Rua Venceslau Brás, 215, Botafogo |
Cidade: | Rio de Janeiro |
Ingressos: | Variam de R$20,00 a R$280,00, através da Ticketronics |
Mais informações: | www.canecao.com.br// Telefone: (0xx21) 2105-2000// (0xx21) 2543-1241 |
Show no Rio de Janeiro | |
Dia: | 01 de setembro de 2007 |
Horário: | 20:30 horas |
Local: | Ginásio Caio Martins |
Endereço: | Avenida Roberto da Silveira, 650, Icaraí |
Cidade: | Niterói |
Ingressos: | R$130,00 |
Mais informações: | http://www.americanas.com.br/prod/691861/eacom?&par=buscap3 |
domingo, 1 de julho de 2007
Grão de mar - Maria Bethania
Maria Bethania cantando música de Márcio Arantes e Chico Cesar - Grão de mar (Nov 2006)