Eu desisto
Não existe essa manhã que eu perseguia
Um lugar que me dê trégua ou me sorria
Uma gente que não viva só pra si
Só encontro
Gente amarga mergulhada no passado
Procurando repartir seu mundo errado
Nessa vida sem amor que eu aprendi
Por uns velhos vão motivos
Somos cegos e cativos
No deserto do universo sem amor
E é por isso que eu preciso
De você como eu preciso
Não me deixe um só minuto sem amor
Vem comigo
Meu pedaço de universo é no teu corpo
Eu te abraço corpo imerso no teu corpo
E em teus braços se une em versos a canção
Em que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
E é por isso que eu preciso...
Vem que eu digo
Que estou morto pra esse triste mundo antigo
Que meu porto, meu destino, meu abrigo
São teu corpo amante amigo em minhas mãos
Taiguara
9/10/1945 14/2/1996
Biografia
Uruguaio de Montevidéu, veio para o Brasil com 4 anos de idade, morando primeiro no Rio e mais tarde em São Paulo. Na universidade, participou de festivais, época em que começou a compor. Abandonou a faculdade e ingressou como cantor no Sambalanço Trio. Na década de 60 fez carreira em festivais, tendo se firmado como compositor de baladas até meados dos anos 70, quando passou a se dedicar a outros experimentalismos, trabalhando ao lado de Hermeto Pascoal. Durante a ditadura militar, teve problemas com a censura, creditando a autoria de algumas de suas músicas a sua mulher para conseguir liberação das faixas. Tendo morado em diferentes países (Brasil, Inglaterra, Etiópia, França, Tanzânia), a música de Taiguara assimilou diversas influências. Nos anos 80 voltou-se para a música latino-americana, gravando guarânias paraguaias e outros ritmos latinos. Também pesquisou a música africana para lançar "Brasil Afri" em 1994. Alguns de seus sucessos são "Hoje", "Universo do Teu Corpo", "Viagem".
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