Saudade oceânica
Na partida, um oceano sem escolta cala meu peito em descontentamento. – Vais aonde – eu pergunto – onda revolta? E ela me corta o coração por dentro. Sou areia, sou rocha e, em meu tormento, choro e declamo, e o fogo me devora; qual vulcão que nos mostra o epicentro, outro vulcão me nasce aqui por fora. Na partida, eu prometo consolar-me do vácuo que me tolhe. E, sem alarme, no amor a Deus apenas me concentro. Meu mundo é solidão, é só saudade de quem levou minha tranqüilidade, de quem partiu meu coração por dentro.
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