Rei, ministro,, presidente, Chefe de Nação,
de, em nome de interesses vários,
dispor da vida de seus próprios irmãos?
Que direito é esse de decisão tamanha
que de sangue as nações se banham
por interesses e intenções estranhas
à liberdade e à paz que tem direito os homens?
Que direito é esse que institui o horror
e o desespero de tantas famílias?
Que direito é esse que de sangue banha a terra
oprime, humilha e faz do homem fera:
Maldito o homem que inventou a guerra.
Lavrar não o ódio mas a própria gleba,
nos orçamentos de grandes nações
é um pedaço, uma fração de
verba que só se presta a fabricar canhões.
Mas que direito tira o direito
da liberdade de poder viver,
do ser humano que abrevia a estrada sem mesmo ele
entender porque?
Que argumentos justificam o ato
que desata a atra e sombria morte
a imperar no reino da inocência dos que sucumbem
a revel da sorte?
Que lapiseira se presta a assinar os óbitos
de maneira tão formal?
Talvez a mesma que a rendição lhe force a ver
a vida retornar normal.
Será que o homem que nos manda a guerra
quer provar talvez ser capaz,
tenteando explicar depois pra gente
que através da guerra objetiva a paz.
Que direito é esse que esses homens tem
de tratar os destinos e ditar a prece
nos mandando odiar a outros,
a quem a gente nem sequer conhece?
Que direito e força possuem esses homens
de professar e marcar nossas homilias,
desagregando e instituindo o luto como
símbolo de marco da própria família?
Maldito, maldito cada homem que se associa
nessa festa negra que a humanidade só
transmite o mal e tenta mostrar que o objetivo dela nos pareça justo,
justo e natural.
Deu, Senhor que em sete dias
formou-nos todos, a humanidade,
extingue a força que esses homens tem,
devolve ao homem sua liberdade de viver,
mesmo morrendo aos poucos para que amanhã
a paz seja eterna
e não tenhamos que amaldiçoar os homens
que um dia hão de destruir a terra.
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