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segunda-feira, 16 de abril de 2007
BIOGRAFIA
Quando GAL COSTA nasceu, no dia 26 de setembro de 1945, o mundo festejava o começo de um período histórico repleto de perspectivas otimistas, mudanças de comportamento, alterações culturais e avanços políticos. A Segunda Guerra Mundial, que embaralhou por seis anos os podres poderes das grandes potências, deixando um saldo de milhões de mortos, havia acabado 24 dias antes com a rendição oficial do Japão.
Gracinha, Gau, Maria da Graça, 15 anos. Nas festinhas, a adolescente retraída empunhava o violão e cantava as canções da época. Evidenciava-se, lentamente, a sua vocação de cantora. A cidade de Salvador fervilhava de idéias vanguardistas. Brasília era inaugurada, as rádios tocavam João Gilberto em Chega de Saudade, Martim Gonçalves dirigia a Escola de Teatro, os soviéticos lançavam ao espaço o Sputinik 4: o futuro parecia próximo e moderno. John Kennedy vencia as eleições nos Estados Unidos, Gláuber Rocha estreava como diretor em Barravento, Roberto Pires acabara de filmar A Grande Feira e Elvis Presley avisava: It´s Now or Never. O mundo perdia a inocência da década anterior.
A voz possante de Angela Maria e os trinados de Dalva de Oliveira deixavam, aos poucos, de seduzir a adolescente Maria da Graça Costa Penna Burgos. Ela agora se convertia aos acordes dissonantes do primeiro LP de Carlos Lyra, cuja contracapa, assinada por Ary Barroso, registrava pela primeira vez o termo "música popular brasileira".
Maria Bethânia, indicada por Nara Leão, chegava ao Rio de Janeiro para estrelar o show Opinião. Vinha acompanhada pelo irmão, compositor e estudante de filosofia, chamado Caetano Veloso. A voz de Bethânia logo causaria estrondo, virando talk of the town e gerando contrato para a gravação imediata do primeiro disco. O LP, com contracapa assinada por Caetano, trazia na última faixa do lado A a participação -- afinadíssima e desconhecida -- da cantora Maria da Graça. A canção, Sol Negro é o marco zero da discografia de Gal Costa. Ainda com o nome de Maria da Graça, ela gravaria em seguida o compacto com Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, Foi Você, de Caetano. Maria Bethânia, indicada por Nara Leão, chegava ao Rio de Janeiro para estrelar o show Opinião. Vinha acompanhada pelo irmão, compositor e estudante de filosofia, chamado Caetano Veloso. A voz de Bethânia logo causaria estrondo, virando talk of the town e gerando contrato para a gravação imediata do primeiro disco. O LP, com contracapa assinada por Caetano, trazia na última faixa do lado A a participação -- afinadíssima e desconhecida -- da cantora Maria da Graça. A canção, Sol Negro é o marco zero da discografia de Gal Costa. Ainda com o nome de Maria da Graça, ela gravaria em seguida o compacto com Eu Vim da Bahia, de Gilberto Gil, e Sim, Foi Você, de Caetano.
Eduardo Logullo
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